A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje a detenção do presumível autor de dois crimes de incêndio florestal, no domingo, no concelho de Ourém, distrito de Santarém.
Em comunicado, a PJ, através do Departamento de Investigação Criminal de Leiria, explicou que os factos ocorreram na União de Freguesias da Freixianda, Ribeira do Fárrio e Formigais, “local onde deflagraram dois focos de incêndio”.
“O detido foi visto a abandonar o local dos factos e perentoriamente identificado por testemunhas, imediatamente antes do início dos focos de incêndio, sendo que o mesmo possui antecedentes criminais e policiais pela prática do mesmo tipo de crime”, adiantou a PJ.
O detido, de 45 anos, vai ser presente às autoridades judiciárias para a eventual aplicação de outras medidas de coação.
A detenção, em inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Santarém, teve a colaboração da Guarda Nacional Republicana de Ourém.
Fonte da PJ disse à Lusa que os dois focos de incêndio “terão sido ateados com recurso a chama direta” e acrescentou que o suspeito mora na zona onde estes eclodiram.
Fogo está em resolução
O incêndio que começou na quinta-feira à tarde no concelho de Ourém e que alastrou a Alvaiázere (Leiria) e Ferreira do Zêzere está em resolução, revelou à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém.
“Todo o perímetro do incêndio está em resolução. Tem havido reativações, mas têm sido prontamente debeladas”, adiantou a mesma fonte, pelas 11:30.
Segundo o CDOS de Santarém, o estado do incêndio passou à fase em resolução pelas 08:00, embora permaneçam no terreno 620 operacionais, apoiados por 202 veículos e seis meios aéreos.
A fonte do CDOS esclareceu que neste incêndio estão contabilizados 44 feridos: 37 agentes de proteção civil (maioritariamente bombeiros) e sete civis.
Trinta e cinco daqueles feridos foram assistidos no local. As situações prendem-se, sobretudo, com inalação de fumo e exaustão.
Este incêndio começou às 16:37 de quinta-feira, na localidade de Cumeada, na União de Freguesias da Freixianda, Ribeira do Fárrio e Formigais.
À agência Lusa, o presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, disse hoje não haver ainda uma estimativa dos prejuízos decorrentes do fogo, mas notou que estes se devem, “essencialmente, a zonas de mato, pinheiro e eucalipto”.
“Felizmente, em habitações no nosso concelho não há danos a registar”, declarou Luís Albuquerque, apontando “dois ou três anexos já devolutos” que arderam.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil adiantou, na rede social Facebook, que a área ardida estimada neste incêndio é de 2.084 hectares.