O Município de Santarém já recepcionou o parecer favorável da Direção Geral do Património Cultural ao projecto de requalificação do Museu S. João de Alporão, um dos mais emblemáticos monumentos da cidade de Santarém.
Desta forma, e segundo uma nota enviada ao Correio do Ribatejo, o Município irá lançar o concurso para a respectiva empreitada de requalificação, “ainda na primeira quinzena do mês de Julho”.
A intervenção no Museu de S. João de Alporão, encerrado ao público em 2012 por razões de segurança passa, num primeiro momento, pela cobertura, sistema de drenagem, colocação de uma rede no interior do edifício para protecção dos visitantes.
Esta intervenção permitirá reabrir o monumento, que será depois alvo de uma “intervenção de fundo”, a decorrer de forma faseada. Sem avançar uma data para a reabertura deste monumento nacional, o Município afirma que o objectivo é que ela ocorra “no mais curto espaço de tempo”.
Um estudo solicitado em 2004 ao Departamento de Engenharia, Minas e Georrecursos do Instituto Superior Técnico revelou que a estrutura está a ser afectada por infiltrações a partir das fundações, pela constituição geológica da pedra usada na construção (bastante permeável e facilmente perecível perante a penetração de sais, que cristalizam) e pelos métodos construtivos e correctivos posteriores (como a utilização de argamassas, nomeadamente de cimento).
O presidente da autarquia, Ricardo Gonçalves afirmou já que a Câmara de Santarém tem verbas comunitárias disponíveis (cerca de 800 mil euros), sendo que o projecto está inscrito no Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial da CIMLT – Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo.
O edifício, considerado o primeiro testemunho do gótico em Santarém e fechado desde 9 de Março de 2012, foi construído com pedra da região, calcária, muito favorável a fenómenos de descaimento, como os que se têm vindo a verificar desde há alguns anos.
O edifício, embora de propriedade municipal, foi classificado como monumento nacional em 1910.
De acordo com a descrição existente no portal do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, “a igreja de São João de Alporão constitui um caso único na arquitectura medieval portuguesa”, sendo um “produto híbrido estilisticamente”, no qual “coexistem soluções filiadas em esquemas românicos e outras já nitidamente góticas, característica que confere a este templo um estatuto ímpar no panorama Arquitectónico de Santarém e até do país”.
A sua fundação deve-se à Ordem de São João do Hospital, cuja fixação na cidade se situa entre 1159 e 1185, acrescenta. Extintas as ordens religiosas, a igreja serviu de teatro até 1887, quando a Comissão Administrativa do Museu Distrital de Santarém iniciou obras de restauro com vista à sua adaptação a museu. Nessa altura, o edifício já não contava com a “pesada torre circular”, demolida em 1785 para permitir a passagem do coche real de D. Maria I.
Preservado ainda na memória da cidade como “Museu dos Cacos”, S. João de Alporão foi igualmente desprovido dos dois elefantes que guardavam a entrada, retirados para a reserva da autarquia dada a degradação de que vinham sendo alvo.
Intervenções e Restauros
Primeiro restauro do edifício entre 1877-1882, realizado pela Junta Geral do Distrito. Em 1932-36, foi levada a cabo uma segunda campanha de restauro, pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.
Ao longo dos anos 70/80 a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) efectuou pequenos restauros no edifício. E, em 1889 a Igreja de São João de Alporão abriu ao público como museu, após uma das primeiras obras de conservação e restauro realizadas em Portugal.
Em 1992 foi remodelado o espaço museológico e executaram-se, consequentemente, obras de restauro, pela Divisão dos Núcleos Históricos.
A desde 9 de Março de 2012, a autarquia tomou a decisão de encerrar preventivamente o espaço ao público por uma questão de segurança dos funcionários e dos visitantes depois de ter caído um pedaço da cabeceira da igreja.
Primeiro restauro do edifício entre 1877-1882, realizado pela Junta Geral do Distrito. Em 1932-36, foi levada a cabo uma segunda campanha de restauro, pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.
Ao longo dos anos 70/80 a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) efectuou pequenos restauros no edifício. E, em 1889 a Igreja de São João de Alporão abriu ao público como museu, após uma das primeiras obras de conservação e restauro realizadas em Portugal.
Em 1992 foi remodelado o espaço museológico e executaram-se, consequentemente, obras de restauro, pela Divisão dos Núcleos Históricos.
A desde 9 de Março de 2012, a autarquia tomou a decisão de encerrar preventivamente o espaço ao público por uma questão de segurança dos funcionários e dos visitantes depois de ter caído um pedaço da cabeceira da igreja.