Decorreu com enorme ambiente a jornada dedicada à celebração da Tauromaquia em Portugal, com muito público aficionado a participar nas diversas actividades. O dia, ameno e agradável, também ajudou a que todas as iniciativas tivessem maior brilhantismo, o que vivamente se saúda.
Neste evento, como sucede em relação a quase todos, sempre haverá quem diga que deveria ter estado presente um maior número de aficionados, mas, do mesmo modo, também há muita gente que considera muito satisfatória a afluência de público ao longo de todo o dia. É a velha questão do copo meio cheio e do copo meio vazio…
A quem de direito cumprirá fazer o balanço e extrair as adequadas ilacções, pois, apesar do grande sucesso, que parece ter gerado um alargado consenso entre os presentes, esta jornada tem de constituir uma referência intocável e paradigmática a favor da Festa Brava em Portugal.
O Festival Taurino – que, naturalmente, constitui o momento mais alto do programa – sobrevive financeiramente em função da colaboração de todos os participantes e dos ganadeiros. Não sei – nem tenho de saber! – se os toureiros participam graciosamente, se vão pelas despesas ou se cobram os respectivos cachets, o mesmo sucedendo em relação aos ganadeiros, admitindo, neste caso, que sejam pagas as despesas de transporte dos toiros, revertendo para o ganadeiro o produto da carne.
O que é certo é que nem todos os novilhos e os toiros lidados primaram pela apresentação. Que deveria ser irrepreensível! Do mesmo modo não se admite numa iniciativa desta natureza, que toureiros de alternativa lidem novilhos e o novilheiro enfrente um toiro!
O Festival do Dia da Tauromaquia tem de constituir uma grande aposta na qualidade, na exaltação do melhor que a Festa Brava pode oferecer, promovendo-se, de forma digna, a essência da expressão tauromáquica em Portugal.