A Endesa anunciou a abertura de um novo escritório em Abrantes que, nesta “fase de arranque”, incorporou os primeiros ex-funcionários da central a carvão do Pego, que encerrou actividade em 2021.
Em comunicado, a Endesa refere que “será precisamente a partir deste novo escritório em Abrantes” que “irá desenvolver o Projecto Renovável do Pego, com um investimento de cerca de 600 milhões de euros para a instalação de nova capacidade solar (365 MWp) e eólica (264 MW) num esquema de hibridação suportado por uma bateria de armazenamento com capacidade total de 168,6 MW”.
Segundo a empresa, “todos os trabalhadores diretos da central a carvão afectados pelo encerramento em 2021 serão considerados prioritários para a Endesa na cobertura destes novos postos de trabalho em Abrantes, incluindo os que continuam a trabalhar na central em trabalhos de pré-desmantelamento e que podem perder o emprego nos próximos meses”.
“A incorporação destes primeiros trabalhadores representa um passo muito importante no cumprimento do nosso compromisso para com as pessoas e para com a região, além de sinalizar o início de uma nova etapa de desenvolvimento deste importante projeto para o futuro”, refere Pedro Almeida Fernandes, Diretor de Geração da Endesa em Portugal, citado na nota informativa.
Na nota é ainda referido que a empresa “vai criar até 75 novos empregos diretos em Abrantes até ao arranque do projecto, previsto para 2025”.
A Endesa, que venceu o concurso para o ponto de ligação à rede elétrica da central do Pego, em Abrantes, apresentou um projecto avaliado em 600 milhões de euros e prometeu a “reciclagem profissional” de mais de 2.000 pessoas.
Em 26 de Março, a elétrica anunciou que, através da sua filial Endesa Generación Portugal, venceu o concurso de transição justa do Pego com um “projecto que combina a hibridização de fontes renováveis e o seu armazenamento naquela que será a maior bateria da Europa, com iniciativas de desenvolvimento social e económico”.
Na nota então divulgada, a Endesa detalhou que “recebeu um direito de ligação à Rede Elétrica de Serviço Público (RESP) de 224 MVA [MegavoltAmpere] para instalar 365 MWp [megawatts-pico] de energia solar, 264 MW de energia eólica com armazenamento integrado de 168,6 MW e um eletrolisador de 500 kW [quilowatts] para a produção de hidrogénio verde”, na região de Abrantes, em projeto que tem entrada em funcionamento anunciado para 2025.
A central a carvão instalada na freguesia do Pego, em Abrantes, encerrou em 30 de Novembro de 2021, tendo o Governo decidido abrir um concurso para a reconversão daquele equipamento e ao qual concorreram seis empresas.