A Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERTAR) promoveu, no passado dia 20 de Novembro, uma acção de promoção intitulada “Ribatejo em Lisboa”, no Palácio do Governador Lisbon & Spa, em Belém, Lisboa.
A iniciativa pretendeu promover a oferta cultural e gastronómica do Ribatejo na capital do país, com o objectivo de aumentar o número de turistas que procuram a região.
“Temos três objectivos estratégicos, nomeadamente, a questão da promoção da notoriedade do Ribatejo no mercado interno, com o objectivo de expor, de forma mais premente, a oferta turística aos agentes comerciais e começar, de uma forma realista, a inscrever mais a oferta turística do Ribatejo na promoção internacional”, afirmou o presidente da ERTAR.
José Santos divulgou também o plano de actividades da Entidade, assente em quatro eixos: notoriedade da marca, estruturação do produto turístico, apoio à comercialização e desenvolvimento de novos produtos, e realização de eventos, afirmando que o orçamento da ERTAR prevê, em acções directamente alocadas ao Ribatejo, “um acréscimo de cerca de 150 mil euros”, num total que “ultrapassa meio milhão de euros”.
José Santos lamentou que o Instituto Nacional de Estatística não faculte dados actualizados dos onze concelhos da Lezíria do Tejo, sendo os últimos de Junho, o que não permite avaliar o resultado do trabalho feito nos últimos meses na região. “Isto cria-nos uma dificuldade brutal, é que nós não temos informação estatística relativamente a estes 11 concelhos”, lamentou, uma contrariedade que a ERTAR pretende ultrapassar com recurso a um ‘outsourcing’ de consultoria especializada que permita trabalhar os dados que o INE não actualiza atempadamente.
“No próximo ano, vamos ter que corrigir isso, para que possamos trabalhar esses dados, para podermos partilhar com os operadores e com os municípios essa informação. Claro que a nossa expectativa é obviamente de melhorar. Eu não tenho uma base de partida de 2024, a última base de partida que tenho é de 2023, e, portanto, esperamos no próximo ano ter bases estatísticas para redefinir aqui algumas metas de crescimento”, sublinhou.
O presidente da ERTAR considera o vinho, a gastronomia, a agricultura e a literatura as “molas” de arranque do turismo no Ribatejo.
“Nestes primeiros dois anos, a nossa grande preocupação foi, de facto, mostrar que o Ribatejo existe. Foi a nossa aposta. O que nós queremos agora, nesta segunda metade do mandato, é reforçar a dimensão da comunicação”, afirmou.
“Esse é um trabalho consistente, gradual, que temos que fazer, e a nossa perspectiva é que acreditamos que o melhor ainda está por vir, quer para o Ribatejo, quer para o Alentejo”, concluiu.
Ao longo do dia, a gastronomia, os vinhos, a cultura e o património do Ribatejo, estiveram representados, através de diversas actividades, entre as quais o almoço temático ribatejano, com a assinatura do chef Rodrigo Castelo.
Com o intuito de promover a venda da região como destino turístico, o evento contou com um workshop B2B, entre as empresas que trabalham o ‘incoming’, o alojamento, a animação turística e o enoturismo do Ribatejo, e os operadores turísticos da zona de Lisboa.
“O número de empresas de gestão de destino que temos confirmadas para o workshop desta tarde, cerca de 32, é muito sintomático do interesse que estas têm pela oferta turística do Ribatejo e que provavelmente sentem vontade de descongestionar alguma procura”, sublinhou José Santos. Um número que acabou por não se confirmar e que não terá ultrapassado a meia dúzia de operadores. O encontro de negócios realizou-se à tarde, entre as 15h00 e as 17h30, na sala Gaspar de Paiva do Palácio do Governador Lisbon & Spa, em Belém.




