Foto: Patrícia Silva

Maria Luís Pita tem 15 anos e escreveu o romance “Um anjo caído do Céu”, que foi lançado no dia 8 de Dezembro, na Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense. Segundo a autora, publicar o seu primeiro livro foi “a coisa mais assustadora” que fez até hoje e o grande objectivo foi levar um bom momento de leitura às pessoas. Nesta obra, a jovem estudante residente no Cartaxo, alerta para o problema do bullying nas escolas de hoje em dia.

Lançou o livro “Um anjo caído do Céu”. Com que objectivo decidiu editar esta obra?
Essa pergunta é difícil de responder, confesso, até porque a iniciativa de publicar esta história partiu da minha mãe, mas penso que o maior objectivo é proporcionar às pessoas um bom momento de leitura.

O que a inspirou e o que é que retrata o livro?
“Um anjo caído do céu” é uma “telenovela” adolescente cuja personagem principal, Ângela, frequenta as aulas de música do Sr. Fernando. Ângela perdeu os pais aos três anos, vive com o irmão mais velho e o avô num apartamento, e as suas condições financeiras fazem com que ela seja vítima de algumas piadas do “Quarteto-Nariz-Empinado”, o grupo de alunos mais popular e influente da secundária de São Bernardo. Guilherme Santos, o interesse romântico da protagonista, faz parte desse grupo de alunos populares e influentes. Ele é rico, belo, cruel e quando a mãe o obriga a fazer parte das aulas do Sr. Fernando, ele reencontra-se com Ângela. É o primeiro contacto que os dois têm ao fim de dois anos, e bem, agora Ângela não tem propriamente como lhe fugir, assim como Guilherme não pode propriamente evitá-la…
A inspiração para esta história e para os seus personagens veio de várias fontes: livros, músicas, filmes, séries… Mas a inspiração para estes “grupos” e a questão do bullying e da influência veio não só das séries e dos musicais que se passam nesse ambiente, como na própria vida real.

O que representa para si a escrita?
Eu costumo dizer que escrevo desde o dia em que os meus pais me puseram uma caneta nas mãos, e não é por acaso. A escrita acompanhou-me durante toda a minha vida, mesmo quando não sabia escrever e não há nada melhor do que sentir a mente a ser transportada para outro mudo, a liberdade que as palavras nos trazem. Significa tudo para mim.

Em que altura da sua vida descobriu essa vocação?
Essa pergunta é um pouco difícil, porque não faço a mínima ideia de quando é que descobri que queria ser escritora, nem que “conseguia” escrever, nem que ia escrever um livro. Talvez só o tenha descoberto quando a minha mãe me disse que uma editora estava interessada em publicar o que tinha escrito. Talvez só o tenha descoberto no dia da apresentação do livro. Mas independentemente da altura em que foi, estou feliz que tenha acontecido.

Como é o seu processo criativo?
Por vezes procrastino tanto que nem sequer sei se tenho um, mas passa muito por ler, ouvir música e escrever o que “me vai na alma”, mesmo que seja algo que nada tem a ver com o projecto que estou a desenvolver.

Tem algum tema predominante que queria transmitir na sua escrita?
Tema não, mas gostava de transmitir diferentes emoções com a minha escrita. Quero que as pessoas abram as páginas do meu livro e sintam a mente ser transportada para dentro da história. Quero provocar risos, lágrimas, frustração, raiva, medo, tranquilidade, orgulho. Quero que as pessoas criem uma ligação com as personagens. Acima de tudo, quero que passem um bom bocado a ler. Sim, isso é o mais importante. Acredito que se conseguir isso, então a minha missão será bem-sucedida.

Que livros é que a influenciaram como escritora?
Eu leio muito (muito mesmo, provavelmente até mais do que escrevo) e tudo o que leio afecta a minha escrita, seja de uma maneira mais directa ou indirecta. Por isso, acho que os livros que mais me influenciaram enquanto escrevia “Um anjo caído do Céu” eram aqueles que estava a ler na altura.

Tem outros projectos em carteira que gostaria de dar à estampa?
Para já, não…

Um título para o livro da sua vida?
“Pensa antes de falar”.

Viagem?
Adorava visitar a Inglaterra e o Japão.

Música?
Gosto de K-Pop, Pop, Rock e adoro as músicas dos filmes da Disney.

Quais os seus hobbies preferidos?
Gosto de escrever, leio muito, vejo algumas séries e ouço imensa música. também ando nos escuteiros do 1120 Cartaxo e treino aerosaltos no Ateneu Artístico Cartaxense.

Se um dia tivesse de entrar num filme, que género preferiria?
Não me importava de fazer parte de um romance. Ou de uma série de fantasia.

O que mais aprecia nas pessoas?
A sua complexidade.

O que mais detesta nelas?
Detesto quando são hipócritas.

Acordo ortográfico. Sim ou não?
Sim, mas por favor, devolvam o “c” ao “facto”.

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