O investigador escalabitano, Miguel Castanho, do Instituto de Medicina Molecular, será apoiado durante os próximos três anos para “encontrar uma forma de eliminar o cancro da mama e a sua metástase no cérebro”.

A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e a Fundação “la Caixa” vão atribuir 7,9 milhões de euros a 12 projectos portugueses de investigação em saúde nas áreas da neurociência, doenças infecciosas, cardiovasculares e oncológicas.

Este ano, aumentaram os projectos portugueses apoiados pelo concurso da Iniciativa Ibérica de Investigação e Inovação Biomédica – i4b estabelecida entre a FCT e a Fundação “la Caixa”: Dos 30 projectos ibéricos, 12 são liderados por instituições e investigadores nacionais, anunciou a FCT.

Os projectos portugueses escolhidos vêm de centros de investigação e universidades de várias regiões do país: seis do Norte (do Porto e de Braga), cinco de Lisboa e um de Coimbra.

Cinco dos 12 projectos serão financiados pela FCT que vai atribuir 2,6 milhões de euros do investimento total, para que os projectos sejam desenvolvidos durante os próximos três anos.

Na área oncológica foram seleccionados trabalhos que se focam em melhorar a sobrevivência do doente e em tratamentos de cancros específicos como o da mama e do pulmão.

A investigação de Hélder Maiato, do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, intitulada “Resistência a medicamentos e metástases, chaves para melhorar a sobrevivência ao cancro” é uma das seleccionadas.

Melhorar os tratamentos contra o cancro é o objectivo do investigador Claus M. Azzalin, do Instituto de Medicina Molecular (IMM), que será financiado pela FCT.
Também do IMM, Miguel Castanho será apoiado durante os próximos três anos para “Encontrar uma forma de eliminar o cancro da mama e a sua metástase no cérebro” e João Barata vai investigar “Novos medicamentos para a imunoterapia contra o cancro do pulmão”.

Na área das neurociências, serão financiados vários trabalhos, como o do investigador João Filipe Oliveira, da Universidade do Minho que quer “Entender a origem da depressão para identificar novos alvos terapêuticos”.

“Entender como o stress afecta a função cognitiva para identificar novos alvos terapêuticos” é outro dos trabalhos vencedores, do investigador Paulo Pinheiro, do Centro de Neurociências e Biologia Celular.

Nas doenças infecciosas, foram escolhidas investigações que pretendem “entender as diferenças na gravidade da tuberculose como chave para a descoberta de novos tratamentos”, de Margarida Saraiva, do i3S, assim como o trabalho de Joana Azevedo, da Universidade do Minho, sobre “vírus sintéticos para o tratamento de infecções bacterianas”.

A “concepção de uma nova vacina contra a malária” do investigador Miguel Prudêncio, IMM, também foi seleccionado.

Na área das doenças cardiovasculares e metabólicas serão apoiados trabalhos nacionais como os “Novos alvos terapêuticos para tratar o fígado gordo não alcoólico” de Cecília Rodrigues, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, e a investigação de José Bessa, i3S que quer “melhorar a compreensão da componente genética da diabetes para encontrar novos tratamentos”.

Desde que o concurso foi criado, em 2018, já foram financiados 29 projectos liderados por instituições portuguesas, promovendo a colaboração entre centros de investigação e universidades ibéricas, num investimento global de cerca de 22 milhões de euros.
“Os 30 projectos seleccionados na edição de 2021 visam combater algumas das patologias com maior impacto na saúde a nível mundial”, sublinha a organização em comunicado.

O financiamento a projectos seleccionados no âmbito deste concurso pode ascender até 500 mil euros, em três anos, para projectos apresentados por uma única organização de investigação, e até um milhão de euros também em três anos, para projectos apresentados por, no mínimo, duas e, no máximo, cinco organizações de investigação.

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