Foto de arquivo

A Federação Portuguesa de Tauromaquia – Protoiro considerou esta terça-feira, 17 de Dezembro, que o aumento do IVA das touradas de 6% para 23%, previsto no Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), é “um ato de censura, inconstitucional e ilegal”.

“Trata-se de um assalto fiscal através de um ato de censura, inconstitucional e ilegal”, refere a Protoiro num comunicado de imprensa.

Para o secretário-geral da federação, Hélder Milheiro, citado na nota, “o Governo socialista não quer saber verdadeiramente do tema do IVA – a agenda oculta é tentar proibir a tauromaquia, mas não há coragem política de o admitir”.

A Protoiro alerta que, a concretizar-se a medida, a subida no IVA “é um verdadeiro saque fiscal a este sector, com um ciclo económico muito ligado a regiões deprimidas e do interior, que movimenta mais de 2,5 milhões de pessoas nas diversas formas de tauromaquia”.

Segundo a federação, a proposta entregue na segunda-feira no parlamento viola a Constituição da República, ao pôr “em causa o princípio da igualdade e os valores fundamentais integrados no direito à Cultura”, preferindo antes o executivo “alimentar pequenos grupos extremistas”.

Se a proposta não for retirada do OE2020, a Protoiro pondera “usar todas as opções judiciais à sua disposição para defender os direitos e liberdades dos portugueses nesta matéria”, lê-se ainda no comunicado.

De acordo com a proposta do OE2020, os espectáculos de tauromaquia deixam de constar do ponto 2.32 da lista I anexa ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), relativo aos 6%.

Aquele ponto passa, por outro lado, a incluir entradas em “jardins zoológicos, botânicos e aquários públicos”.

Não havendo qualquer referência no documento a uma passagem da tauromaquia para a taxa intermédia (13%), esta actividade fica automaticamente incluída na lista de bens e serviços sujeitos à taxa máxima (23%).

O Programa do Governo, aprovado em Conselho de Ministros em 26 de Outubro, incluiu uma medida para aumentar a idade mínima de acesso a espectáculos tauromáquicos, que actualmente está nos 12 anos.

Este objectivo do executivo de “elevar a idade mínima para espectáculos tauromáquicos”, eventualmente para os 16 anos, consta do capítulo do Programa do Governo dedicado às medidas para a protecção dos consumidores.

A legislação em vigor, designadamente um decreto de Fevereiro de 2014, determina que “estão sujeitos a classificação etária os espectáculos de natureza artística e os divertimentos públicos”, sendo os tauromáquicos para maiores de 12 anos.

Leia também...

Hospital de Santarém – Uma homenagem sentida aos ‘homens e mulheres’ da Linha da Frente

Especial 130 anos do Jornal Correio do Ribatejo O mundo mudou há…

Empresário de Santarém é o mandatário nacional da candidatura de André Ventura às presidenciais

Rui Paulo Sousa, o empresário de Santarém de 53 anos, vai ser…

Vítima mortal de violento acidente na A1 é empresário hoteleiro da zona de Lisboa

João André Pereira, com 35 anos de idade, fundador do grupo “Caseiro”…

Quatro praias fluviais do distrito de Santarém com Bandeira Azul

As praias do Carvoeiro (Mação), Agroal (Ourém), Aldeia do Mato e Fontes…