O decreto do Governo que regulamenta a prorrogação do estado de emergência por mais 15 dias em Portugal proíbe deslocações para fora do concelho de residência no período da Páscoa, entre 9 e 13 de Abril.

Fonte do executivo disse hoje que esta limitação à mobilidade dos cidadãos, durante um período de cinco dias, foi já aprovada na reunião do Conselho de Ministros que decorre no Palácio da Ajuda e que tem como ponto único a aprovação do diploma que regulamenta a prorrogação do estado de emergência que será decretado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Além da medida de confinamento dos cidadãos aos seus concelhos de residência, o Governo vai também limitar a duas pessoas a capacidade de transporte em veículos ligeiros para cinco lugares, excepção feita a familiares directos. Um veículo com nove lugares, por exemplo, será poderá transportar três pessoas.

“Esta medida vai vigorar durante o período de renovação do estado de emergência, ou seja, 15 dias”, adiantou à agência Lusa a mesma fonte do executivo, embora advertindo que os detalhes desta limitação serão transmitidos mais tarde.

O primeiro-ministro, António Costa, presta declarações aos jornalistas por volta das 17:30 sobre as decisões do Conselho de Ministros, seguindo depois para o Palácio de Belém, onde às 18:00 se reunirá com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Na quarta-feira, na SIC, o primeiro-ministro preveniu logo que o Governo iria “apertar um bocadinho” e clarificar as regras de circulação, sobretudo no período da Páscoa, e avisou que Abril vai ser um mês “perigosíssimo” em termos de propagação da covid-19.

“Vamos adoptar medidas mais claras para que as pessoas percebam que no período da Páscoa não podem mesmo andar a circular e devem ficar na sua residência permanente. Acho que vamos ter de apertar um bocadinho, dando um sinal mais claro de que não é mesmo época para andarmos de um lado para o outro”, declarou o primeiro-ministro.

Já hoje, no parlamento, o primeiro-ministro considerou “absolutamente imprescindível” a renovação do estado de emergência em Portugal por mais 15 dias para combater a pandemia da covid-19, advertindo que o contrário seria dar “um sinal errado” quando existem riscos acrescidos.

“Se há quinze dias era necessário decretar o estado de emergência, hoje é absolutamente imprescindível renová-lo. Não porque tenha sido por causa do estado de emergência que os portugueses demonstraram uma notável disciplina na auto-limitação na sua capacidade de circulação, e não porque ao longo destes 15 dias não tenham acatado aquilo que são as limitações impostas – houve apenas 22 violações de confinamento e 11 violações da ordem de encerramento de estabelecimento”, disse.

Para o primeiro-ministro, não renovar hoje o estado de emergência “seria dar a mensagem errada quando há 15 dias se considerou essencial que o estado de emergência fosse decretado”.

“Seria dar a entender que aquilo que há 15 dias era necessário, hoje deixou de o ser. Ora, não é verdade. Continua a ser até mais necessário. Conforme o tempo vai decorrendo o risco vai aumentando, desde logo do risco da própria fadiga da auto-contenção”, justificou.

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