Andreia tem 25 anos e é natural do Cartaxo. Começou a aprender acordeão aos 9 anos de idade na Sociedade Filarmónica Cartaxense. Posteriormente, ingressou no Curso Oficial de Mica no Institute de Mica Vitorino Matono, onde estudou com Acácia Teixeira e Aníbal Freire, o seu actual mestre. É licenciada em Ciências Musicals e Mestre em Ensino da Educação Musical pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa. Actualmente, exerce funções como docente do ensino especializado de Musica no Conservatório de Musica e Artes do Centro e na Academia de Musica de Alcobaça. Em 2016, editou o seu primeiro trabalho discográfico intitulado “Recordações da Nossa Terra”. Desde cedo que participa em diversos festivais de acordeão e em programas de radio e televisão. Como interprete, foi distinguida com vários prémios, destacando-se o 1° lugar no Prémio João Barra Bexiga (Semana Internacional do Acordeão — Alcobaça). Tem impulsionado e organizado as edições anuais do Festival Internacional de Acordeão do Cartaxo, partilhando palco com Petar Maric, Pietro Adragna, Mário Gatto, Eugénia Lima, Tino Costa e Ilda Maria. Lidera o projecto Escolas de Acordeão “Andreia Sofia” que visa promover o acordeão no concelho do Cartaxo e Rio Maior, onde o resultado do seu trabalho tem sido reconhecido através de importantes prémios alcançados pelos seus alunos.

Quando é que a Andreia tem o primeiro contacto com o acordeão?
Desde que me lembro que oiço a minha mãe a ouvir CD’s de acordeão. Tive o meu primeiro contacto com o instrumento aos nove anos, na primeira aula de acordeão na Escola de Acordeão da Sociedade Filarmónica Cartaxense, onde actualmente sou professora. Segui os meus estudos no Instituto de Música Vitorino Matono, tenho licenciatura em Ciências Musicais e Mestrado em Ensino da Educação Musical pela FCSH-UNL. Actualmente, estudo na Licenciatura em Música (Performance- Acordeão) da Universidade de Aveiro, com o Prof. Aníbal Freire.

Porquê este instrumento musical e quais são as suas vantagens?
Foi pura Influência da minha mãe Adelaide. Desconhecia o funcionamento deste instrumento e isso cativou-me desde início. A coordenação é a palavra-chave deste instrumento.

Criou uma escola de acordeão. Porque é que decide levar este projecto avante?
Criei as Escolas de Acordeão “Andreia Sofia” em 2016. Foi nesse ano que comecei a dedicar-me ao ensino deste nobre instrumento. Actualmente dedico grande parte às aulas on-line para vários pontos do País e do mundo, entre eles Brasil, Suíça e França. As aulas presenciais são em conservatórios de música, academias/associações pelo Ribatejo e zona Oeste.

Em que consiste o projecto e para que idades está direccionado?
Aulas de acordeão são direccionadas a crianças, jovens e adultos. Tenho alunos desde os 6 aos 80 anos de idade e grande parte dos adultos procuram as aulas de acordeão para realizar o seu sonho. Na altura não tinham tempo nem posses e agora procuram-me porque sentem que estão na altura certa para começar.

Qual é o principal objectivo da escola de acordeão?
Dignificar o ensino deste instrumento. Tanto formo alunos para competir e representar a escola internacionalmente como para aprenderem músicas para mais tarde tocarem no rancho folclórico, por exemplo. São as experiências como os espectáculos, os concursos e as audições, que adquirem ao longo da aprendizagem que os forma enquanto artistas.

Onde é que podemos assistir a espectáculos criados pelo projecto?
Por enquanto, a melhor forma de seguirem o nosso trabalho é na página do Facebook Escolas de Acordeão “Andreia Sofia” ou no canal do YouTube “Andreia Sofia”.

Recentemente integraram um concurso de talentos da RTP1. É uma forma de divulgar esta actividade?
Este concurso televisivo tem como objectivo isso mesmo, divulgar o acordeão e a concertina. Por ter alunos à altura para esse desafio, fomos convidados a participar.

Que desejos tem para o futuro?
O meu principal desejo passa por continuar a investir na minha formação.

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