A partir de 1 de Outubro, os doentes com carcinoma do pulmão do Hospital Distrital de Santarém (HDS) terão ao seu dispor uma Unidade de Pneumologia Oncológica, a qual inclui pela primeira vez em hospitais distritais o tratamento cirúrgico do carcinoma do pulmão.
Paulo Sintra, director clínico do HDS, explica que com a contratação de cirurgiões torácicos será possível realizar o tratamento cirúrgico tanto de patologia maligna como benigna, o que irá aliviar o hospital de referência – Hospital de Santa Marta -, o qual ficará reservado para os procedimentos mais complexos.
A nova Unidade de Pneumologia Oncológica, integrada no Serviço de Pneumologia, dirigido por Gustavo Reis, será coordenada por Cláudia Lares dos Santos e, segundo Paulo Sintra, “toda a equipa do HDS, desde os enfermeiros de bloco até aos anestesistas, actualizaram as suas competências de modo a fazer face a este novo desafio”.
De acordo com o director clínico do HDS, desde há muito que o hospital desenvolve actividade diferenciada na área oncológica, conseguindo instalar em 2010 o Serviço de Radioterapia, único no distrito, sendo reconhecido como centro de excelência nas áreas da senologia (centro com reconhecimento europeu) e carcinoma do recto (centro de referenciação).
Segundo o responsável, a actividade oncológica do HDS tem-se destacado tanto pelo número crescente de novos doentes – 1300-1400 novos doentes/ano -, como por se tratar de uma das mais dinâmicas entre os hospitais distritais, mas também, e essencialmente, pela qualidade.
“O desenvolvimento de áreas como o melanoma, oncologia hematológica, pneumologia oncológica, entre outras, tem beneficiado de uma estrutura articulada, desde o diagnóstico – que conta agora com um equipamento de ressonância magnética de última geração -, aos cuidados paliativos, cuja Unidade foi alargada com desenvolvimento de consulta de dor crónica, passando pelos tratamentos mais inovadores na área da quimioterapia e radioterapia”, afirma.
Todos os projectos oncológicos desenvolvidos no HDS nos últimos anos irão culminar na criação da Clínica Oncológica do Ribatejo, onde “a abordagem centrada no doente numa perspectiva de optimização de recursos e criação de valor será preponderante no conforto destes doentes”.