O Hospital Distrital de Santarém (HDS) assinalou o Dia Mundial da Segurança e Saúde do Trabalho, que se celebra esta quarta-feira 28 de Abril, alertando para o impacto da
pandemia no mundo do trabalho.

“A realidade Covid-19 gerou impactos profundos no normal funcionamento do mundo do trabalho, como aconteceu no HDS, desde logo com o risco acrescido de transmissão nos locais de trabalho até a novos riscos de segurança e saúde que surgiram como resultado de medidas para mitigar a disseminação do vírus”, refere Sónia Henriques, técnica superior de Segurança do Trabalho, no âmbito do Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho.

Sónia Henriques destaca as mudanças para novas formas/oportunidades de trabalho, como por exemplo o caso do teletrabalho, mas sobretudo o aumento de riscos para a Segurança e Saúde, principalmente através do risco psicossocial (ritmos de trabalho e carga horária elevados sem tempo suficiente de repouso, o medo, a dúvida, a incerteza) e risco biológico de nível IV (de elevado risco de propagação individual e de comunidade, sem meios eficazes de profilaxia e tratamento), em particular na área da saúde.

Alexandra Matias e Sandra Tibério, enfermeiras do trabalho no Serviço de Segurança e Saúde do Trabalho do HDS, são peremptórias ao afirmar que o ano 2020 irá sempre ficar na memória de ambas como aquele que veio colocar à prova a sua capacidade de adaptação e resiliência e que consequentemente provocou alterações nas suas vida profissionais e pessoais.

“O desconhecimento desta nova doença e das suas repercussões na Saúde e no trabalho provocou nos trabalhadores stress, angústia, medo e incertezas, pela especificidade da sua actividade laboral, tanto em relação a si como aos seus familiares, pelo que frequentemente procuravam respostas junto de nós. Esta necessidade obrigou-nos a um esforço de actualização constante, através de autoformação, aquisição de novas competências, actualização de conhecimentos através de ‘guidelines’ e Normas tanto emanadas pela DGS como pelos Organismos Internacionais”, destaca Alexandra Matias.

As enfermeiras admitem que os desafios foram muitos, mas elegem o maior deles como o acompanhamento dos trabalhadores num período de vida difícil, acreditando que o seu papel e contactos foram importantes na minimização dos efeitos adversos e do impacto negativo da doença, ajudando assim a ultrapassar esta fase de forma mais positiva.

Sandra Tibério conta que a actividade centrou-se quase exclusivamente nas questões relacionadas com a Covid-19, destacando-se, entre outras, a realização de rastreio de contactos, acompanhamento dos trabalhadores em isolamento profiláctico e/ou por doença, agendamento de testes Covid e fornecimento de dados aos vários intervenientes neste processo sempre em articulação com a Autoridade de Saúde. E destaca que “todo este trabalho só foi possível devido à preciosa colaboração da Técnica Superior de Segurança do Trabalho, dos Assistentes Técnicos do Serviço, das Enfermeiras do GCL-PPCIRA, de mais quatro enfermeiras que foram destacadas para integrar a nossa equipa, dos médicos da Infecciologia, de uma médica da Medicina, assim como, da Equipa de Colheitas do HDS.”

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