A Câmara Municipal de Coruche deliberou, em reunião de executivo do passado dia 31 de Março, aa atribuição dos primeiros seis lotes da Zona Industrial do Monte da Barca – Norte (ZIMB-N), no Parque Empresarial do Sorraia, a duas empresas portuguesas do domínio de especialização “Alimentação e Floresta”.
Segundo uma nota de imprensa da autarquia, estas unidades industriais a instalar representam “a criação de 70 postos de trabalho e um investimento agregado de aproximadamente 40 milhões de euros”.
Os projectos propostos, vão empregar recursos endógenos locais e regionais e estão perfeitamente alinhados com a estratégia de localização empresarial definida pelo Município de Coruche, que quer uma lógica de valorização e diversificação da estrutura
económica do concelho.
“Após infra-estruturação dos primeiros 50 lotes do Parque Empresarial do Sorraia,
esteve em curso a primeira fase de venda, cujo prazo terminou a 26 de Fevereiro. A
área disponível localiza-se entre a EN 119 e a EN 114, encontrando-se delimitada a
norte pelas unidades industriais preexistentes da empresa Arrozeiras Mundiarroz e, a
sul, pela Zona Industrial do Monte da Barca (ZIMB)”, destaca a mesma nota.
Os espaços disponíveis na nova zona industrial destinam-se à fixação de empresas com actividades no domínio “Alimentação e Floresta”, e o município quer dar primazia a actividades inovadoras, de investigação e desenvolvimento tecnológico, preferencialmente nos sectores agro-industrial, alimentar e agro-florestal. À imagem dos dois projectos já atribuídos no local.
Uma das empresas terá quatro lotes de terreno, numa área total de 46.372 m2 e prevê a criação de 50 postos de emprego qualificado num montante de investimento proposto de 39 milhões de euros.
O plano de investimento da empresa, prevê a instalação de uma nova unidade industrial para produção de pellets, cuja matéria-prima é a biomassa resultante da floresta e da agricultura. A infra-estrutura contemplará áreas de produção, armazenamento e embalagem, controlo de acesso, serviços técnicos de apoio à actividade e área administrativa e serviços.
A área de negócio desta empresa tem uma forte capacidade exportadora, capaz de satisfazer as
necessidades dos mercados nacional e internacional, prevendo-se a exportação para
os mercados de Dinamarca, Holanda e Inglaterra.
“Além de introduzir inovação na estrutura económica do Concelho, o projecto assegura a valorização de recursos florestais e agrícolas da região, sendo certo que o fabrico de pellets de madeira requer a utilização de recursos endógenos locais e regionais, nomeadamente madeira de pinheiro, eucalipto, acácia, raízes e biomassa florestal, mas também resíduos agrícolas”, refere a autarquia.
Já a segunda empresa a instalar, com actividade nos sectores agro-alimentar, de
comércio e turismo, terá um espaço de dois lotes com área total de 1.455 m2.
Esta empresa prevê gerar 20 postos de trabalho, num investimento de 700 mil euros, na instalação de uma unidade de cura e afinação de queijos, presuntos e enchidos, e ainda de uma área de venda ao público, com provas dos produtos comercializados, de marca própria.
“Baseando a estratégia empresarial na introdução de produtos nas grandes cadeias de distribuição e comercialização, a empresa pretende ainda dinamizar a actividade através de acções de degustação e outros eventos, estabelecendo parcerias com empresas e agentes turísticos. O projecto, que assenta na utilização de recursos provenientes de Alentejo e Ribatejo, irá destinar 70% dos produtos para o mercado nacional e 30% para o mercado internacional”, assinala o município.
Para a autarquia coruchense, o Parque Empresarial do Sorraia constitui “um empreendimento de enorme relevância económica para o Concelho de Coruche, mas também para o País”.
A área industrial dá resposta “à procura por áreas empresariais que ofereçam lotes de terreno para implantação de actividades económicas e industriais”, assegurando o “sucesso a preços que fomentam, por um lado, a competitividade empresarial, e que promovem, por outro, a “competitividade territorial do concelho na captação de investimento e na localização de empresas capazes de gerar valor acrescentado e emprego”.
“A afirmação de Coruche como um espaço para “Investir e Trabalhar” está sustentada pelo forte compromisso do município, empenhado em assegurar um ecossistema favorável ao desenvolvimento da actividade empresarial na região”, conclui a autarquia.