A partir de maio, quem passa pela zona do CNEMA (Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas), palco desde há quase três décadas da Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo (FNA), começa a ver o rebuliço e agitação que uma organização daquela natureza envolve.
Aquele espaço ganha uma vida especial para este grande evento, o maior que ocorre anualmente no distrito de Santarém.
Durante pouco mais de uma semana, Santarém torna-se na Capital da Agricultura Nacional.
A evolução do setor agrícola europeu e nacional, tão marcante nestas últimas décadas, fortemente marcada pela adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), também acarretou uma mudança na própria Feira. Outrora no planalto da velha Scalabis, a representação de muitos dos países europeus eram uma marca clara e evidente da Internacionalização da Feira. Da sua relevância além-fronteiras.
Hoje, e desde os finais de 90, a FNA é fundamentalmente Portugal.
Se a Ovibeja ostenta o famoso slogan de “Todo o Alentejo deste Mundo”, a FNA bem podia ser “Todo o Portugal Agrícola numa só Feira”.
Depois de 2 anos de constrangimentos e limitações, sendo que em 2020 verificou-se mesmo o cancelamento da Feira em resultado dos efeitos da Pandemia provocada pelo Covid-19, espera-se naturalmente que este ano o regresso da Feira seja em “grande”.
Não só em termos organizativos, representações, empresas e stands, mas também na presença de visitantes. Estes dois anos, em que de certo modo vimos limitada a nossa liberdade, como um entrave a tantos e bons hábitos que gostamos de manter, têm sido nestes últimos tempos “atropelados” com a ânsia de recuperar o tempo perdido.
Há que ter calma.
A Feira, como costumamos dizer, faz parte de nós e da nossa história e é um ponto de encontro que Santarém tem.
É verdadeiramente o espaço mágico para os reencontros.
E por isso a FNA é também um espaço para celebrar a vida e regressarmos aos bons hábitos dos encontros, dos jantares de amigos, do convívio.
Venha ela…