O presidente da Câmara da Golegã, José Veiga Maltez, lamentou esta terça-feira, 16 de Abril, a morte do toureiro Ricardo Chibanga, considerando que o único matador de touros de origem africana “era um filho adotivo” desta vila ribatejana.
“É um filho da Golegã, ele adoptou a Golegã, ambos se adoptaram. Ele veio viver para a Golegã logo no início da sua chegada a Portugal, foi um dos últimos alunos de Mestre Patrício Cecílio que tinha uma escola de toureio”, recordou o autarca.
José Veiga Maltez, que conhecia o matador de touros “desde criança”, recordou que sempre mantiveram uma relação de “grande empatia”, tendo acompanhado a carreira do toureiro nas arenas ao longo dos anos.
“Foi uma pessoa de origens humildes, com uma educação e uma elevação que é de relevar. É uma pessoa que deixa saudade pela sua maneira de estar e de ser”, disse.
O presidente do município recordou ainda que, no início da sua carreira como autarca, uma das primeiras acções foi “elevar” os toureiros da Golegã, tendo sido dada a uma rua o nome do matador de touros Ricardo Chibanga.
“É uma pessoa que deixa saudade, um embaixador da festa brava e uma figura icónica da Golegã”, frisou.
O toureiro Ricardo Chibanga, o único matador de touros africano da história da tauromaquia, morreu esta manhã em casa, aos 76 anos.
O funeral do antigo toureiro moçambicano, realiza-se na quarta-feira, pelas 17h00, na igreja matriz da Golegã. O corpo encontra-se em câmara ardente na capela da Misericórdia.