Os CTT vão reabrir na segunda-feira a loja de Alpiarça, 30 de Dezembro, dois anos depois de ter sido encerrada, anunciou a empresa, acrescentando que a mesma vai funcionar em novas instalações, após obras de requalificação do espaço.
Encerrada em Janeiro de 2018, a loja de Alpiarça será a segunda a ser reaberta numa sede de concelho, conforme o “compromisso público” assumido em Junho no parlamento pelo novo presidente executivo da empresa, João Bento, de reabrir as 33 lojas únicas em sede de concelho que haviam sido encerradas.
A primeira foi a de Vila Flor, no distrito de Bragança, em Setembro último.
O posto de correios que foi aberto em substituição da loja, a cerca de 150 metros, vai manter-se em actividade, devido à sua excelente localização e facilidade de acesso.
Em comunicado, os CTT – Correios de Portugal referem que a loja CTT de Alpiarça está situada na Praça José Faustino Rodrigues Pinhão e vai funcionar nos dias úteis das 09:00 às 13:30 e das 14:30 às 18:00.
Alpiarça foi uma das sedes de concelho que viu a sua única estação de correios encerrada, em Janeiro de 2018, tendo o serviço passado a ser prestado numa loja explorada por terceiros, neste caso uma papelaria.
Em Janeiro deste ano, a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) exigiu aos CTT a apresentação de “uma proposta” para que todos os concelhos do país tenham, “pelo menos, uma estação de correios ou um posto de correios com características equivalentes às da estação”.
Uma posição aplaudida pela Câmara de Alpiarça que reclamou no início deste ano que o contrato de concessão do Serviço Postal Universal consagre, “de forma clara e iniludível”, a obrigatoriedade de existência, em cada concelho, de pelo menos uma estação de correios gerida directamente pelos CTT.
Na posição comunicada à entidade reguladora, divulgada em Fevereiro deste ano, o presidente da Câmara Municipal de Alpiarça, Mário Pereira (CDU), considera “justo e imprescindível” a reabertura da estação de correios que existia na vila, “nas condições impostas pela decisão da ANACOM de 10 de Janeiro, com a maior brevidade possível”.
Para o autarca, a prestação, em exclusivo num concelho, de serviços postais em postos de correios explorados por estabelecimentos comerciais, que não têm por fim a prestação de serviços públicos, “não responde à panóplia de obrigações da concessionária” nem aos princípios “que o legislador quis acautelar”.
“Não é apenas uma questão de pouca dignidade, trata-se de incutir respeito pela função postal, conferir confiança à população e às empresas, e assegurar o acesso, num espaço dedicado e com todas as garantias, a todos, incluindo a pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida”, declarou, lembrando que a estação que foi encerrada tinha sido alvo de uma intervenção, com o apoio do município, para permitir essa acessibilidade, o que não acontece na solução actual.