Nuno Graça é sócio-gerente da ‘Loja das Tradições’ em Santarém. O empresário de 40 anos decidiu, com a sua irmã Andreia, abrir o negócio no Centro Histórico por não existir na cidade um espaço que reúna produtos tradicionais com as características de excelência dos que a Loja das Tradições disponibiliza aos seus clientes: portugueses, premiados, e considerados gourmet.

Localizada no Centro Histórico de Santarém esta loja tem de tudo um pouco, do vinho aos licores, das conservas aos doces e compotas, com a particularidade de serem produtos portugueses. Ao final da tarde é comum ver a esplanada da Loja das Tradições cheia de gente que disfruta de uma das melhores garrafeiras de Santarém, fazendo-se acompanhar de petiscos tradicionais da região Ribatejana.

Como surge a ideia de abrir este negócio em Santarém?

A ideia foi nossa, minha e da minha irmã. Queríamos abrir algo que não existia em Santarém. Haviam algumas lojas mais pequenas que tinham alguns destes produtos, mas não tinham este conceito de vender produtos tradicionais.

Conseguimos, aqui, englobar toda uma gama de produtos tradicionais portugueses.

Em Santarém também não havia uma garrafeira como temos aqui, há muitos clientes que já sabem o que vêm comprar mas também há muitos que acabam por pedir ajuda, e nós sugerimos várias opções apropriadas.

O que podemos encontrar na Loja das Tradições?

Temos uma vasta gama de produtos, que vai do artesanato aos doces, licores, compotas, azeites, sal, e claro o vinho. Temos a nossa esplanada onde recebemos os nossos clientes para uma tarde animada entre o vinho e o petisco.

Que novidades há nesta altura natalícia?

Temos algumas novidades este ano. Houve a possibilidade de personalizar as caixas de madeira, ou os rótulos das garrafas. Teve uma adesão fantástica dos clientes, tanto que já esgotaram. Ainda temos os cabazes de natal, e claro estamos sempre cá para o aconselhar da melhor forma para a compra de um vinho para oferecer nesta quadra especial, ou mesmo para qualquer outro dia do ano.

Hoje em dia também já se ganhou o hábito de, em vez de levar uma prenda para cada um, levam o cabaz de prenda para a “casa”.

Qual o impacto real de iniciativas como o In.Str ou a campanha de natal para os estabelecimentos do Centro Histórico?

O in.Str trás muita gente à cidade. A iniciativa das estátuas vivas, por exemplo, atraiu muita gente. Agora temos os vouchers que também ajudam muito o comércio local. O facto de estarem a sortear um carro também acaba por incentivar as pessoas a fazer compras nos estabelecimentos da zona histórica, o que é muito bom.

Estes dias chuvosos não têm ajudado, e as pessoas acabam por não estar muito tempo na esplanada, mas é algo que não dava para prever.

Só precisamos que as pessoas venham, depois cada um faz o seu trabalho. Estamos cá sempre para servir os nossos clientes da melhor maneira possível.

Tivemos situações completamente inesperadas com a pandemia da covid 19, agora uma guerra na Europa. Tem-se notado ao nível da clientela?

A guerra tem sido desculpa para aumentar tudo. Com a desculpa dos aumentos dos combustíveis, aumentaram tudo, mas quando o combustível baixa, não voltam a baixar os preços.

A pandemia claro que se notou. Especialmente para quem trabalha com o público como nós. Apostámos nas redes sociais, criámos grupos, marcamos presença no digital e conseguimos manter o negócio a fluir. Praticamente todos os dias tivemos entregas para fazer. Foi a opção encontrada para colmatar o fecho obrigatório.

Durante a época da pandemia e dos confinamentos notou-se o aumento no consumo de vinho, e também o valor médio gasto.

As pessoas estavam em casa, poupavam noutras coisas e aproveitavam para gastar um pouco mais.

Acha que o estado devia apoiar as empresas de outra forma nesta altura? Como?

Claro que sim! Tem que se diminuir impostos, e o preço da eletricidade também. De há dois meses para cá, e é preciso lembrar que com o fim do verão deixámos de usar os aparelhos de ar condicionado, e mesmo assim a factura aumentou para o dobro. Mesmo para o dobro, sem exageros.

Em sua casa o Natal é o Tradicional? O que não pode faltar nestas celebrações?

É o típico, família, comida, bebida e a lareira.

São uma empresa familiar. É um desafio trabalhar em família?

Tem altos e baixos, mas acaba por ser como qualquer outro negócio. Da porta para dentro somos parceiros de negócios e da porta para fora somos família.

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