O programa CLDS 5G “Unir e Proteger Mação”, com duração de quatro anos e apoio global de 570 mil euros, já envolveu cerca de metade do público-alvo, atuando em emprego, envelhecimento ativo, desenvolvimento comunitário e promoção da inclusão social.

O CLDS 5G – Contrato Local de Desenvolvimento Social – 5.ª Geração é coordenado pela Santa Casa da Misericórdia de Mação e visa reforçar a coesão social e territorial, combater a pobreza e apoiar famílias, crianças, jovens, idosos, pessoas desempregadas e outros grupos vulneráveis do concelho, com um programa de ação que resulta do diagnóstico social efetuado pelo município.

A coordenadora do programa, Janaína Timóteo, disse hoje à Lusa que, desde Março e “até ao momento, 270 participantes estiveram presentes nas atividades realizadas, destacando-se a forte adesão às iniciativas para crianças, famílias e às ações de solidariedade comunitária”, realizadas em todo o concelho.

O programa assenta em quatro eixos de intervenção complementares, abrangendo um total de 600 beneficiários ao longo de quatro anos, com forte participação da comunidade e articulação com parceiros locais, incluindo a câmara municipal, juntas de freguesia, agrupamento de escolas, Centro de Saúde, CPCJ e bombeiros, entre outros.

“Em alinhamento com a Carta Social, o Plano de Desenvolvimento Social e o Programa Pessoas 2030, consideramos essencial que o concelho atue nos quatro eixos definidos”, acrescentou a responsável.

No campo do emprego e da qualificação profissional, o programa tem adotado “acompanhamento individualizado, ajustando as ações às necessidades específicas” de cada participante.

As principais atividades incluem apoio na elaboração de currículos, divulgação de ofertas de emprego, incentivo à formação profissional e à conclusão do 12.º ano, informação sobre criação do próprio emprego e articulação com o IEFP de Abrantes e o GIP de Mação.

A coordenadora do programa admitiu “desafios” na adesão deste público, trabalhando “estratégias para motivar” os desempregados a procurarem apoio e entrarem mais preparados no mercado de trabalho.

Para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, a responsável indicou que têm sido promovidas atividades que “incentivam a inclusão, o bem-estar e a participação social”.

Entre estas ações destacam-se eventos itinerantes de verão nas aldeias, atividades para adolescentes, visitas culturais e apoio a famílias sinalizadas pela CPCJ, Centro de Saúde ou Tribunal de Família, incluindo sessões de parentalidade.

Estas iniciativas procuram “assegurar oportunidades educativas e recreativas, contribuindo para a quebra de ciclos de exclusão”, declarou.

Relativamente à população idosa, o programa tem focado o envelhecimento ativo e a autonomia, com base nas sinalizações do Radar Social.

As ações desenvolvidas incluem atividades para estímulo cognitivo, levantamento das necessidades individuais, apoio na utilização de medidas da Segurança Social ainda não exploradas pelos beneficiários e atividades intergeracionais que reforçam o convívio social e aproximam diferentes gerações, promovendo a integração comunitária.

No domínio do desenvolvimento social, capacitação comunitária e intervenção em situações de emergência, a técnica disse que têm sido promovidas ações de informação e sensibilização em várias aldeias sobre direitos e deveres dos cidadãos, importância da entreajuda e vigilância comunitária, prevenção de riscos, nomeadamente incêndios, e formação em Suporte Básico de Vida.

Estas iniciativas visam “fortalecer a resiliência das comunidades, garantindo que os cidadãos estejam informados e preparados para responder a situações críticas”, disse, notando que “todos os eixos estão interligados, garantindo um plano de intervenção coerente e contínuo”.

Para 2026, o programa pretende manter a expansão e a participação da comunidade, promovendo o envolvimento direto dos cidadãos e fortalecendo a inclusão social, “para incluir todos e não deixar ninguém para trás”.

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