Manuel Lourenço vai deixar a direcção do Agrupamento de Escolas Ginestal Machado ao fim de oito anos. António Pina foi recentemente eleito para suceder ao actual director que deixa o cargo este ano. Manuel Lourenço esteve à conversa com o Correio do Ribatejo onde fez o balanço dos últimos oito anos à frente dos destinos do agrupamento, destacou os momentos mais marcantes e ainda os alunos que o marcaram na carreira docente, como é o caso do presidente da Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves.

Que balanço faz destes anos a frente do agrupamento?
Estive oito anos à frente de um agrupamento de escolas com 2300 alunos, 200 professores, quase 100 funcionários, e cinco escolas. Temos a vantagem de ser um agrupamento onde as escolas estão muito próximas umas das outras, mas tem que haver muito espírito de missão, sentido de grande de serviço para levar as coisas a bom porto. Aquelas 40 horas por semana não chegam para todo o trabalho, quem vive a escola como eu, que estou no agrupamento há quase 30 anos, é a minha segunda casa, e gosto que as coisas corram bem na minha casa. Dedico muito da minha disponibilidade à escola e sobretudo aos alunos, porque a escola não é o edifício, são os alunos. Eles é que são a nossa razão de ser, não há nada melhor que ver um aluno a ter sucesso, seguir estudos, voltar à escola mais tarde, com emprego, é altamente gratificante para um professor.

É o caso do presidente da Câmara Municipal de Santarém?
É o caso do nosso presidente, que foi meu aluno do ano de estágio, e era de uma turma um pouco rebelde, mas que acho que consegui dar bem conta do recado. Eu era também um jovem a iniciar a carreira, tenho muito orgulho que os meus ex-alunos cheguem a posições de destaque, neste caso num órgão autárquico.

O que destaca destes oito anos?
Destaco um crescimento profissional da minha parte grande, o ter sido confrontado com muito desafios, de ter estado à frente de uma ‘empresa’ que já tem uma certa dimensão. Foi um crescimento profissional muito grande apoiado em muito pela minha família, que estiveram sempre ao meu lado. Foram uma força e uma inspiração para mim, e ao fim destes oito anos tenho sensação de dever cumprido, volto à matemática e aos meus alunos. Sempre tive contacto com os alunos, mas agora numa sala de aula fazer aquilo que me preparei para fazer, que é dar aulas de matemática, tentando minimizar ou contrariar aquela ideia que se tem ainda da matemática.

O que deseja a próxima direcção?
Já tive oportunidade de desejar directamente o maior sucesso quer a ele quer a equipa que o vai acompanhar, e da minha parte enquanto funcionário do agrupamento terá toda a minha solidariedade e irei fazer o máximo para que o agrupamento esteja sempre na linha da frente.

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