Ana Cabecinha (Clube Oriental de Pechão) e Inês Henriques (Clube de Natação de Rio Maior) mostraram-se bastante satisfeitas com o segundo e terceiro lugares obtidos, respectivamente, no 29.º Grande Prémio Internacional de Rio Maior em marcha.

“Termino muito feliz pois um segundo lugar aqui dá muitos pontos para conseguir uma qualificação para o Campeonato do Mundo”, disse Ana Cabecinha à agência Lusa.

A portuguesa ficou apenas atrás da peruana Kimberly Léon, porém, referiu que “o primeiro objectivo desta prova era tentar fazer os mínimos para o Campeonato do Mundo [01:31.00 horas]” e que, ao ver a ‘start list’, percebeu que não havia atletas que fossem intensificar o ritmo da prova, pelo que tentou ser dominadora desde o início.

A atleta do Clube Oriental de Pechão, que foi a melhor entre as portuguesas, iniciou os 20 quilómetros na frente, todavia, acabaria por ser ultrapassada pela peruana.

“Aos 10 quilómetros vi que já não conseguia atingir a marca, pelo que tentei apenas lutar pela vitória, sendo que, a partir dos 15 quilómetros, a Kimberly Léon isolou-se e já não tive pedalada para fazer frente”, disse.

 A marchadora tentou, de seguida, manter o seu ritmo para confirmar o segundo lugar e baixar da marca pessoal de 01:33.30 horas, o que conseguiu.

A marchar em casa, Inês Henriques também se mostrou bastante animada com o terceiro lugar da geral e o segundo no pódio nacional.

“Depois de fazer os 35 quilómetros do Campeonato do Mundo [em Mascate, capital de Omã] tive uma lesão, mas, posteriormente, o objectivo era preparar esta prova porque marchar em Rio Maior é sempre importante para mim por ser na minha terra”, referiu.

A atleta do Clube de Natação de Rio Maior afiançou que o objectivo passava por aumentar o ritmo competitivo, o que foi conseguido com uma boa marca.

“Um terceiro lugar em Rio Maior e com o meu público foi fantástico”, sintetizou, acrescentando que significou um “renascer” após um período mais conturbado.

Sobre o futuro, a marchadora de Rio Maior aponta já a uma nova competição.

“Vou agora preparar uma prova na Corunha, daqui a três semanas, para depois preparar bem os 35 quilómetros do Mundial”, aponta, acrescentando que, para isso, pretende fazer um estágio em altitude.

Relativamente aos Jogos Olímpicos de 2024, a marchadora olímpica explicou que continua a aguardar a decisão para saber de que forma vão ser realizados os 35 quilómetros para, depois, definir se continua a existir o “objetivo de ir a Paris ou não”.

O pódio luso, de resto, ficou completo com a presença de Carolina Costa (Sporting Clube de Portugal), que encerrou o Grande Prémio Internacional de Rio Maior no quarto lugar da classificação geral.

Por seu turno, Hélder Santos (Marcha Atlética de Leiria) concluiu os 20 quilómetros de marcha em Rio Maior com o tempo de 01:29.50 horas, marca que lhe valeu o 12.º lugar da geral e o topo do pódio nacional, batendo a concorrência de Paulo Martins (Sporting Clube de Portugal) e Manuel Marques (ACD Jardim da Serra), que subiram ao segundo e terceiro postos, respetivamente.

“Queria ganhar entre os portugueses, mas vinha de um challenge na Eslováquia em que fiz 35 quilómetros e que me obrigou a duas semanas muito duras de recuperação”, começou por dizer o melhor atleta masculino nacional em Rio Maior.

O esforço acabaria por ser recompensado, porém, Hélder Santos destacou a forte concorrência do atleta ‘leonino’ Paulo Martins, sobre o qual conseguiu uma vantagem final de 02.03 minutos.

“Foi uma prova bastante complicada, pois o Paulo Martins estava com um ritmo muito forte e não foi fácil segurar a vantagem”, asseverou.

O novo desafio, revela, passa agora por bater o recorde pessoal na distância já na próxima prova, agendada para o final deste mês, em Espanha.

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