Foto: CIM Médio Tejo

Projeto resulta de diversas parcerias entre várias entidades e tem como objetivo reforçar o apoio prestado à população, face às alterações climáticas.

Prevenir, capacitar e responder, é com base nestes três eixos que o Plano de Coordenação, Antecipação e Resposta no Apoio à População sujeita a Fenómenos Climatéricos Extremos (PCARAP-FCE) pretende reforçar o apoio às populações mais vulneráveis, face ao impacto crescente das alterações climáticas. “Este plano é um exemplo de como o Médio Tejo se organiza para cuidar, prevenindo e mobilizando recursos de forma rápida e eficaz. Reforça a confiança da população nas suas instituições, e lembra-nos que proteger a saúde pública é uma missão partilhada — do centro de saúde ao lar de idosos, da junta de freguesia ao quartel de bombeiro”, destacou Manuel Jorge Valamatos, presidente da CIM Médio Tejo.

Apresentado no passado dia 27 de Junho, na sede da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, em Tomar, o plano surge da parceria entre a Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo), através da sua Unidade de Saúde Pública, e o Comando Sub-Regional do Médio Tejo da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), revogando o anterior Plano Prévio de Intervenção às Ondas de Calor. “Quem trabalha em saúde pública sabe que diariamente articulamos com diversas entidades. Esta perspetiva comunitária, o estar no terreno e conhecer as populações, permite-nos chegar a este plano, que é um verdadeiro passo em frente na proteção dos mais vulneráveis aos fenómenos climáticos extremos”, frisou Paulo Luís, coordenador da ULS Médio Tejo.

Envolvendo 17 entidades, desde a proteção civil, forças de segurança, autarquias e cooperações de bombeiros, o projeto atua em três eixos fundamentais: Prevenção, prevendo a requalificação energética das habitações das populações em maior risco, mitigando os efeitos do calor e do frio extremo; capacitação e sensibilização, preparando as comunidades e suas redes de apoio para lidar com os riscos climáticos; e resposta ativa em saúde e ação social, garantindo apoio efetivo às populações em situação de alerta. “Este plano fala efetivamente das alterações climáticas. Os fenómenos extremos são uma ameaça para a vida pública e também um elevado risco para as populações. A articulação institucional e o estarmos em sintonia e a falar a mesma língua é determinante para, quando tivermos problemas, rapidamente os dirimirmos”, defendeu David Lobato, comandante do Comando Sub-Regional do Médio Tejo da ANEPC.

O PCARAP-FCE prevê diferentes níveis de alerta (verde, laranja e vermelhos), com respostas ajustadas ao grau de vulnerabilidade da população, desde a identificação de pessoas em risco, passando pela ativação de abrigos, transporte e resposta coordenada em saúde e apoio social. O plano constitui um instrumento estratégico de proteção da saúde pública e da coesão social no Médio Tejo.

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