No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Saúde, o Município de Santarém organizou uma sessão evocativa “Saúde para Todos” na quarta-feira, 19 de Abril, pelas 10h30, no Auditório do ISLA Campus de Santarém.
A sessão de abertura contou com a participação de Ricardo Gonçalves, Presidente da Câmara Municipal de Santarém (CMS), Margarida Tavares, Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Hugo Sousa, Diretor Executivo do ACES Lezíria, Filomena Roque, Diretora Clínica do Hospital Distrital de Santarém (HDS), e Domingos Martinho. Diretor no ISLA Santarém, que dirigiram aos participantes umas palavras sobre o ponto de situação atual da Saúde no Distrito e em Portugal, bem como das metas do Programa 2030. Uma cerimónia que contou com a presença, ente outros, de João Teixeira Leite, Vice-presidente da CMS, e Diogo Gomes, Vereador da CMS com o Pelouro da Saúde-
Ricardo Gonçalves afirmou que a “o tema “Saúde para Todos” leva-nos a refletir sobre as questões que envolvem esta área tão importante para a vida das pessoas. As questões da saúde não correm bem agora e não correm há muitos anos”. O Presidente lembrou “os desafios que temos em Santarém nas nossas extensões de saúde. Estamos a trabalhar com a ACES Lezíria para que possam ser recuperadas dentro do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) ou, se não for possível, através de fundos próprios. Não vamos deixar de fazer esses investimentos. A Saúde tem diversas variáveis, há uma que me preocupa muito no nosso concelho, que tem a ver coma demografia. O nosso concelho é um dos mais envelhecidos do País. Os CENSOS 21, que fecharam recentemente, mostram que em Portugal por cada 100 jovens temos cerca de 93 idosos. Em Santarém, por cada 100 jovens temos 206 idosos. Portanto, o nosso índice de envelhecimento é maior”. Ricardo Gonçalves considera que a literacia da saúde é muito importante, “sabemos que nos estratos etários mais idosos, essa literacia não é tão grande. Temos todos que trabalhar para que as coisas possam acontecer da melhor forma”, reiterou.
Na sua intervenção, Margarida Tavares começou por felicitar a organização da “iniciativa que celebra o Dia Mundial da Saúde, numa sessão que nos convoca para o tema que a OMS nos pediu para pensar, na “Saúde para Todos”. Não é algo que esteja definitivamente adquirido e convém que nos relembremos. Tal como o tema da “Saúde Mental”, que também é muito importante. Também aqui se dá uma feliz articulação, de ambos os temas, e que é tão visível neste programa entre municípios, cuidados de saúde primários, cuidados hospitalares, sociedade civil, o ensino superior, a ciência, e é este o ambiente em nós queremos que a Saúde se desenvolva e se preste da melhor forma. A esse respeito, permitiram-me reconhecer a maturidade com que os municípios têm demonstrado, por todo o País, ao acolherem as competências na área da Saúde”. A Secretária de Estado da Promoção da Saúde afirmou que “é um gosto ver a forma comos os municípios, os autarcas, os funcionários das autarquias se envolvem ativamente. Conhecem profundamente os problemas dos edifícios, dos utentes e dos profissionais. Penso que isso vai mudar, definitivamente, a nossa relação, a nossa proximidade à Saúde e esta nova etapa em Portugal”.
A sessão prosseguiu às 11 horas, com um painel para debater “Saúde para Todos” (proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o ano de 2023), com moderação de Hélia Silva, Diretora da Escola Superior de Saúde de Santarém, do IPS – Instituto Politécnico de Santarém, que contou com as apresentações de Raquel Pita Soares, Enfermeira Especialista na USF Almeida Garrett, de Paulo Sintra, Médico Cirurgião do HDS, de Ângela Sá, Médica Anestesista na CUF, e de Inês Pereira, Médica Radiologista do HDS..
Filipa Martinho, Presidente da Associação de Familiares e Amigos do Doente Psicótico (FARPA), fez uma apresentação sobre o trabalho da FARPA no contexto da Saúde Mental de Santarém, demonstrando que os dados da identificação de casos e do número de intervenções a nível Nacional, espelham também a realidade Local. Em conclusão, lembrou que “não há Saúde, sem Saúde Mental”.
Diogo Gomes fez o encerramento da sessão, na sua intervenção começou por agradecer a todos os participantes na sessão evocativa. “Agradeço também a esta plateia, porque, obviamente, saímos daqui muito mias ricos. Fizemos reflexões importantes e queria deixar três mensagens, sobre o que diz respeito à saúde no Município. Nós, atualmente, não pelo pelos ODS, mas também por aqui que é a educação, da parte da juventude, da parte do desporto, estamos a incluir uma visão de políticas de saúde em todas as áreas de atuação. Nesse sentido, estamos a ultimar a formalização do Concelho Municipal de Saúde. Porque para passarmos à prática, temos que nos juntar num colégio pensante, para que ao nível da Câmara Municipal consigamos fazer a ligação e termos uma comunicação profícua com as Instituições. Para conseguirmos ter uma rede capilar que vai desde os Cuidados de Saúde Primários e que se estende ao Sistema de Saúde, do Serviço Nacional de Saúde, e dos Cuidados de Saúde Privados”.
No que à prevenção diz respeito, o Vereador lembrou que “quando pensamos numa rede de ciclovias, sabemos que o nosso planalto é distinto de outros concelhos, porque estamos ladeados do Tejo a Sul e não podemos fazer as vias de circulação e ir abrindo, como noutras cidades, bem mais pequenas aqui perto podem fazer. Neste momento conseguimos ter o Planalto ligado com uma ciclovia que vai desde a Escola Secundária Sá da Bandeira até ao Instituto Politécnico de Santarém- É certo que há um troço que é misto, para utilização de automóveis e bicicletas, mas que é circulável e promove a utilização das bicicletas, para que as pessoas façam exercício físico.