A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) informou que nove membros do clero e um leigo continuam afastados do exercício ministério por causa de abusos sexuais sobre menores.
Numa informação enviada ao Correio do Ribatejo, esta terça-feira, a CEP refere que o afastamento do exercício do ministério decorre do “trabalho efectuado pela Equipa de Coordenação Nacional das Comissões Diocesanas, junto das respectivas Comissões, e o Grupo Vita”.
“Por via do relatório da Comissão Independente foram afastados oito membros do Clero, tendo regressado ao exercício do ministério seis sacerdotes, mantendo-se dois afastados”, começa por indicar a CEP.
A informação acrescenta que, “para além do número anteriormente apresentado foram afastados nove membros do clero e um leigo com responsabilidades paroquiais, tendo dois sacerdotes regressado ao exercício do ministério, mantendo-se os demais afastados, bem como o citado leigo”.
Em Portugal, depois do trabalho da Comissão Independente, da Coordenação Nacional das Comissões Diocesanas de Protecção de Menores e do Grupo Vita, há atualmente nove sacerdotes afastados do exercício do ministério e um leigo das responsabilidades paroquiais.
A Conferência Episcopal acrescenta que “já se encontram a receber apoio psicológico oito vítimas e um agressor”.
De acordo com a informação da CEP, “uma vítima manifestou a intenção de pedir uma indemnização”.
Durante o ano de 2022, a CEP pediu um estudo sobre casos de abuso sexual na Igreja em Portugal nos últimos 70 anos a uma Comissão Independente, que validou 512 testemunhos relativos a situações de abuso; em Abril de 2023 a Conferência Episcopal Portuguesa criou o Grupo Vita para acolher denúncias de abuso, trabalhar na prevenção e acompanhar vítimas e agressores, tendo já recebido 56 pedidos de ajuda até meados de Setembro.