O padre Fernando Campos da Silva morreu na madrugada deste domingo, 24 de Janeiro, aos 93 anos de idade, vítima de covid-19.

Segundo a Diocese de Santarém, o padre Campos esteve sempre acompanhado por um sacerdote enfermeiro e acabou por falecer no seu quarto na residência do Seminário, em Santarém.

O padre Fernando Campos nasceu na freguesia da Pena, Lisboa, no dia 20 de Março de 1929. Foi ordenado sacerdote em 29 de Junho de 1952, para o serviço do Patriarcado de Lisboa, pelo Cardeal Patriarca D. Manuel Gonçalves Cerejeira, após ter frequentado os Seminários do Patriarcado: Seminário de Santarém, onde entrou com 10 anos, São Paulo de Almada e Cristo Rei dos Olivais.

Iniciou o exercício do ministério sacerdotal como prefeito e professor no Seminário de Santarém em Setembro de 1952. Por ser beneficiado da Sé Patriarcal de Lisboa não pode ser incardinado na Diocese de Santarém logo no início da sua criação (1975), o que veio a acontecer em 19 de Dezembro1977.

No seu percurso de serviço à Igreja foi vice-reitor do Seminário de Santarém, em Agosto de 1957; Beneficiado do Cabido da Sé Patriarcal de Lisboa, em 05-04-1962; Pároco interino de Várzea e Abitureiras, em 30-09-1971 até 01-10-1972; Pároco de Várzea e Abitureiras em 26-12-1974; Vigário Episcopal, Interino, de Santarém, em Setembro de 1974; Pároco de Várzea, em 1975 até 13-11-1978; Vigário geral da Diocese de Santarém, em 02-02-1976; Pároco de Azoia de Baixo e Tremês, em 24-11-1978, cessando a paroquialidade de Tremês em 11-10-2005 e da Azoia de Baixo em Maio de 2020. Vigário Geral Emérito em 16-07-2012.

“O P. Fernando Campos homem de oração, fé sólida e vasta cultura, manteve sempre uma relação muito próxima e afectiva com a cidade de Lisboa, mas na criação da Diocese de Santarém e ao longo dos anos que o Senhor lhe concedeu viver, nunca teve dúvidas que era Santarém o lugar da missão a que tinha sido chamado a servir a Igreja. E assim aconteceu”, refere uma nota da Diocese de Santarém.

“Sacerdote de profunda espiritualidade, acompanhou muitos cristãos que o procuravam para aconselhamento espiritual. Nos últimos anos da sua vida, soube dedicar-se à oração e ao silêncio contemplativo, sem perder um refinado sentido de humor. Vivia atraído pelo encontro definitivo com o seu Senhor. Na sua secretária tinha escrito em letras maiúsculas a estrofe do hino: “Passa o tempo, corre a vida, hora a hora o dia foge, mas a fé nos anuncia que vem perto o grande encontro”. E gostava de cantar o salmo 16: “Senhor ficarei saciado quando surgir a vossa glória”. Que o Senhor que agora o chamou para o grande e definitivo encontro, lhe mostre a Sua glória prometida aos servos bons e fiéis”, conclui.

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