A Pantalha – Mostra de Cinema a Céu Aberto vai realizar-se pela primeira vez na aldeia de Cem Soldos, no concelho de Tomar, a partir de sábado, com a exibição de seis filmes portugueses.

Organizada pelo SCOCS – Sport Club Operário de Cem Soldos, em parceria com a produtora Tripé, a Pantalha “pretende ser uma verdadeira sala de cinema ao ar livre, onde as pessoas se sintam em casa, na rua, enquadradas pelo casario de Cem Soldos”, divulgou hoje a organização do evento que, entre 26 de junho e 10 de julho, vai mostrar exclusivamente filmes de realizadores portugueses.

A Pantalha, que significa tela de projeção, pretende ainda fazer “jus ao legado que a aldeia de Cem Soldos tem criado na valorização da cultura portuguesa, principalmente, através do [festival de música portuguesa] Bons Sons”, refere o SCOCS, que, desde 2006, organiza o festival que em agosto atrai milhares de visitantes à localidade.

Na mostra vão ser apresentadas obras recentes de realizadores portugueses, ‘curtas’ e longas-metragens, da ficção ao documentário, do drama à comédia.

Em três sessões, sempre aos sábados, “parte-se à descoberta de um olhar cinematográfico português, que conduz o público numa viagem pelo mundo”, definida pelo SOCS como “uma viagem sobre o outro e sobre nós, sobre o que parece diferente e sobre as nossas diferenças, sobre outros lugares, culturas, comunidades e identidades, e sobre como tudo isso nos transforma ou enriquece”.

Na primeira sessão (dia 26), será exibida a curta-metragem documental “Balada de um Batráquio” (2016), de Leonor Teles. O filme aborda a tradição de colocar sapos de loiça em espaços comerciais com base numa superstição de que esta prática afastaria pessoas de etnia cigana. A obra foi galardoada com vários prémios nacionais e internacionais, entre os quais o Urso de Ouro de Melhor Curta-Metragem do Festival de Berlim.

No mesmo dia, a segunda sessão mostrará “Prazer, Camaradas!”, de José Filipe Costa (2019), que mostra a forma como, no Portugal de 1975, estrangeiros e portugueses viveram a sua revolução sexual.

No dia 03 de julho, será a vez de “California” (2018), de Nuno Baltazar, e “Hotel Império” (2018), uma longa-metragem ficcional de Ivo Ferreira

No primeiro caso, o drama de uma mulher chinesa e da sua filha que lutam por uma vida melhor em Portugal. No segundo, protagonizado por Margarida Vila-Nova, a história de uma portuguesa que vive num velho hotel situado nos bairros tradicionais de Macau.

A 10 de julho, na última sessão da mostra, tempo para ver a história de um lugar inabitável, retratado em “Penúmbria”, de Eduardo Brito (2016), e “Volta à Terra”, de João Pedro Plácido (2014), o retrato de um lugar a 20 quilómetros de Cabeceiras de Basto, eleito o melhor filme português do DocLisboa, nesse mesmo ano.

Os filmes são sempre exibidos às 21:00, sendo necessária a inscrição prévia através do ‘e-mail’ geral@scocs.pt ou do telefone 249345232.

Os bilhetes para cada sessão custam dois euros, para os sócios do SCOCS e quatro euros para os não sócios.

Leia também...

Festival “Raízes Vivas” celebra ruralidade, costumes e tradições nas Caneiras

Terá lugar amanhã, sábado, dia 27 de Setembro, na aldeia avieira das Caneiras, o Festival Raízes Vivas – Festa da Ruralidade, Costumes e Tradições.…

(CANCELADO) “Luz” pela companhia OME, dia 05 de Julho em Torres Novas

ACTUALIZAÇÃO (27 de Junho): Por motivos de saúde de um dos elementos da companhia Ome, o espectáculo “Luz”, previsto para o dia 05 de…

Caminhos do Médio Tejo proporcionou 160 espectáculos gratuitos vistos por 18 mil pessoas

O programa cultural “Caminhos do Médio Tejo” proporcionou este ano mais de 160 espectáculos gratuitos na região, que foram vistos por cerca de 18…

Parque de Astronomia de Constância chega aos 400 mil visitantes com os olhos postos na Lua

Os 50 anos da chegada do homem à Lua foram assinalados até domingo, 22 de Julho, na 26.ª Astrofesta do Centro de Ciência Viva…