Foto de arquivo
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Uma comitiva do Partido Ecologista Os Verdes (PEV) colocou uma bandeira negra na margem direita do Tejo, junto à Ribeira de Santarém, sinalizando a degradação ecológica do rio, agravada pela seca, e denunciando a ausência de medidas. A acção de sensibilização decorreu na tarde quarta-feira, 31 de Agosto e insere-se na campanha nacional “S.O.S Natureza”, de sinalização de 40 “pontos negros” no país.

Manuela Cunha, da Comissão Executiva do PEV, salientou à Lusa que os problemas da seca no rio Tejo “se agravam de ano para ano”, lançando ainda críticas ao Governo por se mostrar pouco sensível às questões ambientais. Manuela Cunha demonstrou também preocupação com as grandes intervenções que estão a ser preparadas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, que no seu entender terão “impactos muito negativos no ambiente”.

Colocada a bandeira na margem do rio e uma faixa negra, com a frase “S.O.S. Natureza S.O.S. Tejo”, na ponte D. Luís, Manuela Cunha lamentou a inação dos vários Governos, tanto por Portugal “não bater o pé” a Espanha, para que sejam assegurados, não apenas caudais mínimos, mas caudais ecológicos, como por não ter sido feita a reflorestação com espécies autóctones depois dos grandes incêndios que ocorreram nas encostas do Tejo desde 2003.

Além da Ribeira de Santarém, a bandeira em defesa do Tejo foi colocada igualmente nas margens do rio nos distritos de Portalegre, Castelo Branco, Setúbal e Lisboa.

A campanha “S.O.S. Natureza” terá ainda outras duas ações no distrito de Santarém, uma dedicada aos incêndios e à eucaliptização e outra à poluição que afeta os aquíferos da região.

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