O artesanato é a arte e as obras dos artesãos. Um artesão, por outro lado, é a pessoa que idealiza e executa o trabalho, predominantemente manual. Não existem, por conseguinte, duas peças de artesanato exactamente iguais. Que o diga Paulo Baptista, que gere a loja “A Arte e as Coisas” no Centro Histórico de Santarém, onde comercializa artesanato típico da região e peças da sua autoria. Nesta entrevista, o artista-artesão revela o seu processo criativo, fontes de inspiração e conta como ‘nasceu’ para esta arte
Define-se mais como artista, artesão ou designer?
Defino-me como artista quando estou em pleno processo criativo e como artesão no fabrico dos meus trabalhos no processo manual.
Quando é que o artesanato entrou na sua vida?
O artesanato entra na minha vida a partir de 2010: de um tronco de árvore, surgiu a minha primeira peça, um candeeiro. Desde então, tenho aperfeiçoado técnicas e muitos outros trabalhos foram surgindo.
Como foi a decisão de se tornar artesão e a começar a viver das suas criações?
Desde miúdo sempre tive algum jeito para as artes. Mas foi só num ponto mais tardio da minha vida que comecei a desenvolver as minhas ideias. Primeiro, a um nível mais teórico e conceptual. Depois, decidi pôr mãos à obra, e passar as ideias para a prática.
Foi difícil implementar este tipo de negócio em Santarém?
Não muito… porque já havia Artesanato em Santarém e existe actualmente alguma procura por este tipo de peças. Na minha opinião, o mais difícil é sensibilizar as pessoas a virem mais vezes ao Centro Histórico da cidade de Santarém.
Como é o processo de criação das suas peças e colecções? Tem alguma fonte de inspiração e preparação ou elas surgem com uma naturalidade?
A minha fonte de inspiração assenta, sem dúvida sobre a “Mãe Natureza”, na sua a sua riqueza e na diversidade de matéria-prima. São estes os factores que trazem as características únicas e diferentes aos meus trabalhos.
Tem alguma que o tenha marcado ou que não venda por preço nenhum?
Sim, tenho uma peça que me diz muito: um Cristo que fiz em madeira de pinheiro em 2017. Trata-se de uma peça que, no ano passado, aquando da peregrinação do dia 13 de Maio, levei comigo a Fátima foi benzida pelo Papa Francisco. Portanto, para mim, esta peça não tem preço mas pode ser vista por quem visitar a minha loja, que se chama “A Arte e as Coisas” que fica situada em pleno centro Histórico, na rua Serpa Pinto nº 39 Santarém.
Pergunta&Resposta
Viagem?
Tibete
Música imprescindível?
Queen
Quais os seus hobbies preferidos?
Atletismo e Música
Se pudesse alterar um facto da história qual escolheria?
Mudaria o 11 Setembro de 2001
Se um dia tivesse de entrar num filme que género preferiria?
Cómico
O que mais aprecia nas pessoas?
Serem sinceras
O que mais detesta nelas?
A Mentira
Acordo ortográfico. Sim ou não?
Não