O grupo parlamentar do PCP questionou, através do parlamento, o ministro das Finanças sobre o balcão da Autoridade Tributária na Loja do Cidadão de Santarém, com atendimento ao público apenas no período da manhã e mediante marcação.
“Ultrapassados os constrangimentos decorrentes da pandemia e reposta a normalidade no funcionamento dos serviços públicos, nomeadamente no atendimento aos cidadãos, não se encontram razões para a limitação agora imposta que, diga-se, é muito semelhante à já anunciada por outros serviços públicos, noutros balcões de lojas do cidadão”, lê-se na pergunta subscrita pelo deputado Duarte Alves.
No documento dirigido ao ministro das Finanças, através do presidente da Assembleia da República, salienta-se que “as lojas do cidadão – segundo os seus promotores – visam agilizar o acesso dos cidadãos aos serviços públicos”, mas tal, com a medida da Autoridade Tributária (AT), “não será possível, já que em metade do tempo diário de atendimento do público, não serão atendidos mais cidadãos”.
“Pelo contrário, a tendência será para o aumento das filas de espera”, acrescenta-se. “Consideramos que não podem ser os utentes a sofrer as consequências das medidas governamentais que conduzem, nomeadamente, ao encerramento de serviços e à falta de trabalhadores, única razão que encontramos para a medida agora adoptada pela AT”, é referido.
Ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais, o PCP questiona se “tenciona o Governo manter o atendimento apenas durante a manhã e mediante marcação?”.
Em caso contrário, “quando se prevê a abertura em pleno daquele balcão?”, pergunta ainda o deputado, que também solicita esclarecimentos sobre quantos trabalhadores “são necessários para o funcionamento pleno” do balcão, e quantos estão ao serviço, bem como se o Governo tenciona “contratar mais pessoal” para “o funcionamento pleno daquele serviço”.