O Instituto Politécnico de Tomar anunciou hoje que em fevereiro vai candidatar a financiamento o projeto de criação de uma universidade europeia juntando instituições de 11 países e que deverá estar a funcionar em pleno em 2032.

A universidade, denominada “KreativEU”, resulta de “um projeto que começou a ser desenvolvido há dois anos, durante a pandemia, e que entretanto já obteve o selo de excelência que permite avançar, em fevereiro, com a candidatura a financiamento, disse à agência Lusa o presidente do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), João Freitas Coroado.

O projeto coordenado pelo IPT foi hoje apresentado no Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos, numa sessão que contou com a presença de reitores e vice-reitores de universidades da Bulgária, República Checa, Itália, Roménia, Eslováquia e Turquia.

Em conjunto com Portugal formaram o primeiro grupo de países apostado em “criar uma universidade europeia que tivesse como foco a disseminação de conhecimento e a preservação do património material e imaterial”, explicou João Freitas Coroado.

Tendo ainda como condição “ser formado por instituições de ensino superior que não excedessem os 10 mil alunos”, a universidade, que arrancou como projeto-piloto em 2022, alargou a parceria a mais quatro países (Polónia, Alemanha, Suécia e Países Baixos), “colmatando assim uma das falhas das apontadas pelos decisores europeus, que se prendia com uma abrangência mais alargada a regiões do Norte, Sul, Oeste e Leste da Europa”.

Este alargamento e a realização de seminários, formações e visitas entre todas as instituições parceiras permite agora “avançar com a candidatura a um financiamento de um milhão de euros por cada instituição, por um período de três anos”, disse o presidente do IPT.

A universidade irá funcionar em experiência piloto até 2026, seguindo-se entre 2027 e 2031 a fase de implementação, prevendo-se que “em 2032 esteja a funcionar em pleno, com rotatividade de alunos, professores e técnicos a participarem nas formações e mestrados nas instituições de outros países”.

O projeto passará ainda pelo envolvimento de empresas e autarquias das regiões em que estes organismos se inserem, fomentando parcerias, por exemplo “com organizações como o Folio e outros atores culturais, cujo conhecimento faz sentido levar para a universidade e partilhar com os outros países”, afirmou o presidente do IPT durante a apresentação do projeto, numa iniciativa do Folio Mais, intitulada “Uma universidade europeia a unir o património cultural para um futuro mais sustentável”.

O Folio – Festival Literário Internacional decorre em Óbidos, no distrito de Leiria, até ao próximo domingo, com um programa que integra 14 mesas de autores, 108 conversas e tertúlias, 40 apresentações e lançamentos de livros, 40 espetáculos e concertos, 21 exposições e 18 sessões de leitura e poesia na vila.

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