A Conferência de Reitores das Universidades do Sudoeste Europeu (CRUSOE), que é constituída por instituições de ensino superior portuguesas e espanholas, está disponível para integrar os institutos politécnicos da região centro de Portugal, sendo os Politécnicos de Santarém e Tomar duas dessas instituições.

“O CRUSOE pretende operar num conjunto de regiões entre Espanha e Portugal e, para que a sua actividade seja tão efectiva quanto possível, torna-se necessário agregar nesta rede o maior número de instituições de ensino superior. Nessa medida entendemos que os politécnicos têm aqui um papel insubstituível”, referiu o presidente do CRUSOE, Rui Vieira de Castro.

Também reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro falava em conferência de imprensa, realizada no final de uma reunião em que teve lugar na Universidade da Beira Interior, na Covilhã, distrito de Castelo Branco.

Depois de explicar que o CRUSOE abarca instituições de ensino superior das regiões Centro e Norte de Portugal e também das regiões espanholas da Galiza, de Castelo e Leão e das Astúrias, o presidente do CRUSOE frisou que o nome da rede não exclui a integração de politécnicos e frisou as mais-valias de um alargamento, designadamente o facto de se ganhar “massa crítica” territorial.

Segundo acrescentou, a proposta de alargamento abarca os politécnicos de Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Santarém, Tomar e Viseu e estes já estiveram na reunião de terça-feira, 21 de Janeiro, que também contou com a presença da secretária de Estado da Valorização do Interior.

Rui Vieira de Castro referiu ainda que nesta reunião preparatória foi já apontada a possibilidade de estabelecer cooperações no âmbito da mobilidade de professores, investigadores e alunos, bem como a possibilidade de levar a cabo projectos que contribuam para o desenvolvimento regional.

Segundo acrescentou, os politécnicos que marcaram presença mostraram “grande interesse” numa eventual integração da rede, sendo que o trabalho continuará com vista a que esta possa ser efectivar-se formalmente já em Março, no âmbito do plenário anual da rede CRUSOE.

Presente na sessão, a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, destacou o papel das instituições de ensino superior como “motor de desenvolvimento territorial” e salientou a importância de um alargamento da rede, dado que a cooperação também pode fomentar, “quer a mobilidade de estudantes, quer projectos de investigação e inovação conjuntos”, além de “potenciar a transferência de tecnologia e de conhecimento para setores produtivos e industriais”.

Uma ideia partilhada pelo presidente do Instituto Politécnico da Guarda, Joaquim Brigas, que classificou a adesão a esta rede como sendo “fundamental para o desenvolvimento dos territórios e para o desenvolvimento das próprias instituições”, a começar pela possibilidade de investigação alargada.

Entre as mais-valias apontadas encontram-se ainda a possibilidade de apresentar candidaturas conjuntas, de se fomentar a mobilidade e de se poder encontrar eixos comuns para desenvolver projetos que vão ao encontro da melhoria da qualidade de vida das populações, como apontou o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, António Fernandes, ressalvando, contudo, que a decisão final será tomada com os restantes membros do Conselho de Gestão do IPCB.

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