A presidente da Câmara de Tomar e da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo é candidata à presidência do Turismo do Centro de Portugal e, caso seja eleita, renunciará às funções autárquicas, disse a própria à agência Lusa.

Anabela Freitas afirmou que tencionava apresentar formalmente a sua candidatura na próxima segunda-feira, durante a inauguração do Centro Interpretativo Tomar Templário, mas, tendo em conta que a sua candidatura foi noticiada hoje pelo Diário de Coimbra, confirmou que concorre às eleições que se realizarão em 26 de julho e que têm já um outro candidato anunciado, o presidente da Câmara Municipal de Mira, Raul Almeida.

A autarca socialista apresenta-se como uma candidata de “continuidade”, salientando que integra atualmente a Comissão Executiva do Turismo do Centro.

O atual presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado, impedido de se candidatar a novo mandato, será candidato à presidência da Assembleia Geral, disse.

Pedro Machado disse esta semana à Lusa que deseja uma “transição tranquila”, pois seria prejudicial que “houvesse agora saltos, ou cortes epistemológicos, por assim dizer, naquilo que é o trabalho de afirmação do conhecimento da marca Centro de Portugal”.

Realçando o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, o qual, disse, permitiu o aumento do número de visitantes na região Centro, Anabela Freitas afirmou ser igualmente seu entendimento “que deve haver uma continuidade”, sobretudo numa altura em que está em negociação um novo Quadro Comunitário de Apoio (QCA).

A autarca invocou a sua experiência neste tipo de negociação, enquanto presidente de uma Comunidade Intermunicipal, e o facto de ter participado na elaboração da estratégia do Turismo Centro Portugal para o próximo QCA.

“Acho que tenho condições para poder desempenhar este papel”, declarou.

Caso seja eleita, Anabela Freitas irá renunciar ao mandato de presidente de câmara, o último que pode exercer, por ser “uma função a tempo inteiro que não é compatível com outras funções”.

“Estou a 100% presidente de câmara, que acumulo como presidente da Comunidade Intermunicipal [do Médio Tejo], e quando ganhar [a eleição] estarei a 100% na Entidade Regional de Turismo do Centro”, afirmou.

A sua candidatura propõe-se atuar em cinco áreas, que se subdividem “numa série de linhas de ação”, disse.

Como primeira área de atuação apontou os Recursos Humanos, para a valorização e qualificação de “todos os intervenientes da cadeia de valor do setor do turismo”, seguindo-se o que designa por “destino/território”, para a “promoção do desenvolvimento integrado do território, sustentado e coeso”.

“A região Centro são 100 municípios, temos municípios do litoral e municípios do interior e é importante delinear políticas que levem à coesão de todos estes 100 territórios, não esquecendo também, que era algo que já tínhamos trabalhado, as alterações climáticas, a sustentabilidade, a coesão e a valorização territorial, até valorizando o que são o conjunto de investimentos que os municípios têm estado a efetuar”, afirmou.

A sua candidatura propõe-se, ainda, trabalhar na diferenciação, estruturando, qualificando e consolidando os produtos turísticos, “e que leva também ao posicionamento da região Centro enquanto destino turístico”.

A quarta área aposta nas plataformas digitais, para, através do marketing digital e relacional, criar “notoriedade” e “conectividade”, no esforço de internacionalização e dinamização junto dos mercados externos.

Finalmente, propõe-se potenciar a captação de investimento turístico para a região Centro, “incentivando a inovação e o empreendedorismo”.

Com estas “cinco linhas de ação”, o objetivo é “atingir essencialmente quatro metas”, nomeadamente, o aumento do número de dormidas, o aumento da estada média, o crescimento da taxa líquida de ocupação por cama e o incremento do ‘revenue per available room’ (métrica de desempenho no setor de hotelaria), afirmou.

A votação para a liderança do Turismo Centro Portugal decorre num colégio que integra os 100 municípios abrangidos, o Turismo de Portugal e ainda cerca de 70 entidades privadas do setor, sendo os mandatos de cinco anos, num máximo de dois.

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