Foto de arquivo

A PSP e a GNR vão manter ao longo do fim-de-semana as operações de patrulhamento e fiscalização para garantir o cumprimento das normas do estado de emergência, dando especial atenção aos aglomerados de pessoas e viaturas.

A PSP vai controlar os principais eixos rodoviários, principalmente as saídas e entradas das cidades, disse, frisando que os polícias vão continuar a “sinalizar e acompanhar” situações de violência doméstica e a darem “particular atenção” aos idosos.

Durante o estado de emergência, a PSP deteve 32 pessoas por crime de violência doméstica, mas as participações à polícia diminuíram em relação ao mesmo período do ano passado.

O director do departamento de operações da Polícia de Segurança Pública, Luís Elias deu conta que, desde o segundo período do estado de emergência, que decorreu entre 3 e 17 de Abril, a PSP utilizou ‘drones’ em Santarém e Torres Novas, sendo usados para apoio a actividade operacional e ajudar à tomada de decisões.

A Guarda Nacional Republicana também iniciou hoje uma operação em todo o país, que se vai prolongar até segunda-feira, que tem como objectivo o patrulhamento, sensibilização e fiscalização das regras do estado de emergência, disse Vitor Rodrigues, director de operações do Comando Operacional da GNR.

A GNR vai estar principalmente atenta à violação das regras de confinamento domiciliário obrigatório e à concentração de pessoas, bem como vão realizar “acções de controlo e fiscalização rodoviário”.

Na conferência de imprensa, os dois responsáveis destacaram o acatamento por parte dos portugueses das normas do estado de emergência, sublinhando que “não se registaram praticamente incidentes”.

Questionados sobre se os portugueses vão continuar a cumprir com o dever de recolhimento, responderam que “é natural” que exista uma tendência para os cidadãos saírem mais à rua à medida que o estado de emergência avança, uma vez que começa a existir um cansaço das medidas de confinamento.

No entanto, relembram que há saídas previstas no decreto do estado de emergência, salientando que ainda “não há dados concretos que permitam concluir” que os portugueses estão a sair mais à rua.

A PSP e a GNR fizeram ainda um balanço da actividade operacional durante o segundo período do estado de emergência, entre 3 e 17 de Abril.

A PSP fez 118 detenções, 29 das quais por desobediência à obrigação de confinamento domiciliário por parte de cidadãos que se encontram infectados com covid-19, 74 por desobediência por de dever geral recolhimento domiciliário e uma por circulação entre concelhos durante a Páscoa, que ocorreu nos Açores.

A PSP deteve ainda sete pessoas por não terem encerrado estabelecimentos comerciais e seis por resistência e coação a funcionário, além de ter encerrado 394 estabelecimentos.

Durante estes 15 dias, esta polícia realizou mais de seis mil operações, fiscalizou cerca de 185 mil viaturas e identificou 90 mil cidadãos, 25 mil dos quais idosos que estavam muitos deles em “situações de carência e de solidão”, disse Luís Elias. 

Por sua vez, a GNR realizou 26.817 ações de sensibilização e fiscalizou cerca de 51 mil viaturas, que resultaram em 66 detenções.

O director de operações do Comando Operacional da GNR destacou as 15 detenções por violação ao recolhimento obrigatório e 20 por violação à cerca de Ovar.

Sobre o programa que a GNR tem junto dos idosos, Vitor Rodrigues afirmou que desde o seu início, a 9 de Abril, foram contactados telefonicamente 21.400 idosos que vivem sozinhos ou isolados e 68 foram reencaminhados porque precisavam de ajuda de natureza psicológica.

Este responsável destacou ainda a descida da criminalidade na área da GNR durante o estado de emergência em relação ao mesmo período de 2019, indicando que o número de ocorrência desceu 34% e as detenções diminuíram 59%.

Portugal está em estado de emergência para combater a covid-19 desde o dia 18 de Março, que já foi renovado por três períodos, e termina a 02 de maio.

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