Foto: Filipe Gil

Com apenas 17 anos, Rafael Amaral já acumula uma experiência impressionante como treinador de futebol. A sua paixão pelo desporto e a oportunidade de estudar no estrangeiro permitiram-lhe iniciar uma carreira promissora numa idade precoce. Neste percurso, teve a oportunidade de trabalhar na Academia de Futebol do Valência CF, onde adquiriu valiosas lições que trouxe de volta para Portugal. Em entrevista, João partilha as diferenças entre o futebol juvenil em Espanha e Portugal, os desafios enfrentados como treinador da equipa de Infantis Sub-13 da União Desportiva de Santarém, e a sua abordagem ao treino de jovens atletas. Além disso, fala sobre as suas expectativas e planos na nova posição como Treinador-Adjunto dos Sub-12 na Académica de Santarém, a importância das competições internacionais na formação de jovens jogadores, e as estratégias que utiliza para motivar e inspirar os seus jogadores a atingirem o seu melhor potencial. Com momentos memoráveis e ambições claras para o futuro, Rafael Amaral revela a sua determinação em crescer no mundo do futebol e alcançar o seu maior objetivo profissional: treinar uma equipa da 1.ª divisão nacional e competir em grandes torneios internacionais.

Com apenas 17 anos, já possui uma experiência significativa como treinador. O que o motivou a iniciar tão cedo a sua carreira?

Ainda é só o início, acredito numa boa e longa jornada. O que me fez começar tão cedo foi a paixão pelo desporto. Consegui tirar também o meu curso de treinador devido ao facto de ter estado a estudar no estrangeiro, algo que aproveitei para me formar naquilo que mais gosto desde muito pequenino.

Como foi a experiência de treinar na Academia de Futebol do Valência CF e que lições trouxe dessa vivência para Portugal?

Foi uma boa experiência! Foi uma vivência inicial da carreira, ainda estava em aulas práticas relativas ao curso de treinador, e gostaram tanto que acabaram por ficar comigo! Foi bom, porque quando estás associado a clubes como o Valência, é sempre positivo. Foi um período muito bom a nível de conhecimento inicial para mim, do que é o futebol e como se trabalha nestes patamares como nas escolinhas do Valência.

Quais são as principais diferenças que encontrou entre o futebol juvenil em Espanha e em Portugal?

A nível sénior, há claras diferenças entre as Ligas. Porém, nos escalões de formação, não vi grandes diferenças! A metodologia das crianças, por vezes, pode ser diferente da nossa, dependendo muito do contexto onde estão inseridas. Mas acho que nestas idades, seja no Valência, no Barcelona ou no Benfica, as crianças querem é jogar futebol. A nível sénior, claro, há diferenças entre a La Liga e a Liga Portuguesa.

Pode-nos falar sobre os desafios que enfrentou ao treinar a equipa de Infantis Sub-13 da União Desportiva de Santarém?

Os desafios da época passada foram muitos. Fizemos uma boa época a nível de evolução técnica e também a nível desportivo não foi nada mau. Eles evoluíram connosco e esse foi sempre o nosso maior objetivo! Há coisas que fizemos e trabalhámos com certos jogadores que só eu e o Mister Carlos Sousa sabemos, isso é o que fica! Os desafios que enfrentamos são diários, e para quem trabalha com uma equipa de futebol, ainda mais. Tenho a certeza de que todos os desafios que nos foram colocados foram sempre bem-sucedidos.

Como é a sua abordagem ao treino de jovens atletas e quais são os seus principais objetivos para o desenvolvimento dos jogadores?

A abordagem ao treino é sempre positiva e de aprendizagem contínua. Tanto para eles como para mim! Acho que podemos aprender todos os dias com o meio que nos rodeia, seja no futebol, seja com as pessoas. Tenho uma metodologia focada no desenvolvimento técnico e táctico deles, também dando muita importância à parte mental e aos valores como pessoas. Acho que antes de formarmos um jogador temos de formar pessoas. Treinos onde eles se divirtam e aprendam, com exercícios simulando situações do jogo, para mim, é o ideal.

Quais são as suas expectativas e planos para a nova posição como Treinador-Adjunto dos Sub-12 na Académica de Santarém?

As expectativas são sempre de evolução, como já referi. Aprendizado constante e que no final da época possamos sair todos felizes ao olhar para trás, orgulhosos do trajecto e do desenvolvimento deles! Se pudermos depois juntar a isso conquistas colectivas, melhor ainda para todos.

Como avalia a importância das competições internacionais para a formação de jovens jogadores?

Relativamente à importância das competições internacionais para as camadas jovens, sim, é sempre bom para eles estarem em contacto com equipas que vêm de fora, outras metodologias, novos ensinamentos, formar laços. É sempre bom para eles! Principalmente em torneios de futebol de formação como temos em Portugal, onde vêm equipas de várias partes do mundo. Sou a favor e são sempre momentos que ficam, qualquer torneio faz bem ao desenvolvimento deles e são sempre alturas em que se divertem e andam mais entusiasmados.

Que estratégias utiliza para motivar e inspirar jovens atletas a alcançarem o seu melhor potencial?

Ser próximo deles dentro do dia a dia, e conhecer um bocadinho os jogadores é essencial para uma boa conexão grupal. No final do treino, gosto sempre de ter um bocadinho de conversa com um ou com outro jogador que venha falar comigo. Estou sempre aberto para falar com eles, às vezes na formação o nosso trabalho também passa por sermos uma referência para eles e alguém com quem se sentem confortáveis para falar. Seja para pedir conselhos, desabafar algo até fora do futebol, é sempre bom escutar e falar com eles. Isso ajuda a ficarem mais entrosados connosco e a terem mais motivação para as tarefas de treino e do jogo.

Qual foi o momento mais importante da sua carreira até agora e porquê?

Memórias são todas importantes! Umas boas, outras menos boas. Este ano, por exemplo, tínhamos um grupo muito engraçado de jogadores, principalmente agora no torneio a Copa do Guadiana. Ficaram memórias de “Sagrado Balneário” incríveis. Quando eles sabem distinguir trabalho e momentos de diversão é sempre bom, acabamos sempre por formar memórias muito engraçadas, seja nos treinos, hotéis, balneário, etc.

Quais são os seus planos e ambições a longo prazo no mundo do futebol, tanto como treinador quanto em outras possíveis funções?

Os meus objetivos são claros. Quero continuar a crescer no futebol e ir tirando mais formações, quem sabe um dia realizar o meu maior objetivo profissional, que é sem dúvida chegar a uma 1.ª divisão nacional e a grandes competições internacionais. Não é um trajecto fácil! Mas estou disposto a enfrentar os desafios do dia-a-dia e os obstáculos para chegar até lá e dar orgulho a todos os que me rodeiam.

NR: Por lapso, na edição impressa de 02 de Agosto o nome de Rafael Amaral foi erradamente trocado por ‘João Silva’. Ao visado e aos leitores pedimos as nossas desculpas.

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