Foto Ilustrativa
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A coordenadora da Comissão Técnica Independente (CTI) afirmou hoje que o relatório sobre o novo aeroporto “tem uma base muito sólida” para uma decisão e o presidente da Comissão de Acompanhamento disse não ter sido contactado pelo PSD.

Os dois responsáveis falavam aos jornalistas no final da reunião com o primeiro-ministro, António Costa, em São Bento, na reunião em que entregaram o relatório final das opções estratégicas para aumentar a capacidade aeroportuária da região de Lisboa.

Questionada sobre o que é que tinha ouvido da parte de António Costa depois de apresentado o relatório, Maria do Rosário Partidário, da Comissão Técnica Independente (CTI) afirmou: “Uma das coias que ouvimos e que já todos devem ter ouvido é que ele tem muita pena de não ser o decisor porque justamente tem uma base muito sólida para tomar a decisão”.

Ou seja, “o decisor tem, nas suas mãos, com este relatório, um relatório muito fundamentado que deixa muitas poucas dúvidas porque tem todas as respostas possíveis”, prosseguiu a responsável.

“Ele [António Costa] está muito satisfeito com o resultado, não só o resultado que tivemos, mas também o resultado em relação aos objetivos colocados na Resolução do Conselho de Ministros, a qual teve uma metodologia acordada com o Partido Social Democrata [PSD] e, portanto, ele fica satisfeito que essa metodologia tenha tido resultados que são úteis e que permitem finalmente tomar uma decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa”, salientou Maria do Rosário Partidário.

Instada a comentar as declarações do primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, que garantiu que a decisão será tomada “nos primeiros dias” de Governo, a responsável rematou: “Não tenho razão para não acreditar”.

O presidente da Comissão de Acompanhamento, Carlos Mineiro Aires, enalteceu o cumprimento dos prazos.

“Quanto à questão da comissão que foi criada e foi anunciada pelo senhor dr. Luís Montenegro, obviamente que não fomos contactados, há uma metodologia que o partido quer adotar e que fará da melhor forma”, salientou o presidente da Comissão de Acompanhamento.

Sobre o receio de que o novo primeiro-ministro seja permeável à pressão vinda da ANA, Carlos Mineiro Aires disseque “gostaria de pôr um ponto final nesse tema”, agora que já entregaram o relatório final.

“Não estou interessado alimentar” mais o tema, embora tenha admitido que “era uma possibilidade” a permeabilidade de pressão.

A CTI publicou no dia 11 de março o relatório final da avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto, mantendo a recomendação de uma solução única em Alcochete ou Vendas Novas, mas apontou que Humberto Delgado + Santarém “pode ser uma solução”.

Nesta solução, a comissão refere Santarém como “aeroporto complementar ao AHD (Humberto Delgado), mas com um número de movimentos limitado, não permitindo satisfazer a capacidade aeroportuária necessária no longo prazo”, mas “teria a vantagem de permitir ultrapassar no curto prazo as condicionantes criadas pelo contrato de concessão, tendo ainda como vantagem um financiamento privado”.

O relatório final está disponível na página aeroparticipa.pt.

O PSD decidiu constituir um grupo de trabalho interno para analisar a localização do novo aeroporto de Lisboa, depois de ter acordado com o PS a constituição de uma CTI para fazer a avaliação ambiental estratégica.

O presidente social-democrata, Luís Montenegro, garantiu que a decisão será tomada “nos primeiros dias” de Governo.

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