elo quatro ano consecutivo, a Resitejo – Associação de Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio Tejo vai marcar uma forte presença na Feira Nacional da Agricultura (FNA).

A empresa tem cimentado uma parceria com o CNEMA, o que permite fazer toda a recolha de resíduos produzidos no recinto de uma forma mais célere e eficaz, reduzindo custos e a pegada ambiental de um certame que é visitado anualmente por cerca de 200 mil pessoas.

Esta parceria permitiu dotar o recinto com diversas “baterias” para separação dos resíduos (papel, vidro e embalagens) e, a par disso, são realizadas diversas acções de sensibilização com o objectivo de alertar para a importância desta temática. Paralelamente, e em colaboração com uma empresa do sector, também é feita a recolha de óleos alimentares usados.

“A parceria com o CNEMA foi iniciada de uma forma mais activa em 2016 uma vez que nós, como operadores de resíduos, entendemos que a quantidade de resíduos que eram produzidos num certame daquela natureza merecia um acompanhamento diferente”, começou por explicar ao Correio do Ribatejo Diamantino Duarte, administrador da Resitejo.

Segundo disse, importava fazer, “logo na origem”, uma recolha por produto, para que, quando esses resíduos chegassem à estação da Resitejo, na Carregueira, Chamusca, “fossem prontamente encaminhados para o sector adequado”.

“Os que são recolhidos selectivamente seguem directamente para a triagem e os outros para os canais correspondentes”, explica Diamantino Duarte dizendo que isso fez com que, logo no primeiro ano, a quantidade de resíduos indiferenciados diminuísse em larga escala.

“Esta forma de trabalhar traz vantagens para o CNEMA, porque tem um custo menor no tratamento e tem vantagens para a Resitejo, permitindo-lhe potenciar a sua recolha selectiva e a quantidade de resíduos que são encaminhados para reciclagem”, referiu o responsável.

Para além deste aspecto, e no âmbito desta parceria, uma das contrapartidas do Centro de Exposições é a disponibilização de um espaço onde a empresa tem, em permanência, uma exposição e colaboradores que fazem, junto dos visitantes e expositores, várias acções de sensibilização no sentido de alertar para a importância da separação dos resíduos em suas casas e empresas.

Este ano, a aposta passa por dar a conhecer ao grande público o ‘NutriSolo’, um correctivo orgânico pode ser utilizado na agricultura como fertilizante.

“Este produto é o resultado da separação da matéria orgânica existente nos resíduos indiferenciados e do processo biológico que se realiza na Unidade de Tratamento Mecânico e Biológico (TMB)”, explica Diamantino Duarte, destacando a importância de fazer chegar a mensagem junto do público porque “ainda há algumas dúvidas quanto ao que fazer na hora de pôr o lixo no… lixo”.

“A nossa presença na Feira é uma forma de dignificar e de dar visibilidade à Resitejo e acompanhar, junto dos expositores, a forma como fazem a separação dos seus resíduos”, referiu.

“O nosso trabalho não é o de esperar que os resíduos cheguem à estação de tratamento. É também desenvolver acções e medidas concretas de sensibilização. Não podemos esquecer que, pela FNA, passam entre 150 a 200 mil pessoas: um público ao qual importa fazer passar a mensagem”, explana.

É objectivo da empresa, a curto-prazo, que a Feira seja completamente sustentável do ponto de vista ambiental, obtendo os resultados de um sistema “porta-a-porta”.

“A nossa perspectiva é a de melhorarmos o desempenho de ano para ano”, referiu ainda, dizendo que, no processo, têm sido incorporadas as sugestões e opiniões quer dos visitantes quer dos expositores.

As recolhas funcionam em dois turnos: um das 06:00 às 15:00 e o outro das 15:00 às 24:00. Após esse processo, os resíduos são de imediato enviados para o Centro de Transferências que os encaminha directamente para a Resitejo.

“Os resíduos quando são recolhidos não ficam no CNEMA, o que faz com que o recinto esteja sempre limpo: não há a imagem das pessoas passarem e verem amontoados de resíduos espalhados”, faz notar.

A Resitejo – Associação de Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio Tejo, é uma associação sem fins lucrativos, constituída a 9 de Agosto de 1996 com a missão de gerir e tratar os resíduos sólidos urbanos produzidos em 10 municípios: Alcanena, Chamusca, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Santarém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova de Barquinha.

A Resitejo é detentora de uma matriz de infra-estruturas (instalações, equipamentos mecânicos, recipientes, recursos humanos e financeiros) destinada a assegurar com eficiência, conforto, segurança e inocuidade a deposição, recolha, transporte, tratamento, valorização, eliminação, estabilização dos referidos RSU. Este sistema tem a seu cargo dar destino final adequado às cerca de 100.000 toneladas de RSU (resíduos sólidos urbanos) produzidas anualmente pelos 209.587 habitantes (INE, 2011) desta região com uma área de influência de 2.466 km.

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