‘Rutter Magnificat’ é o duplo concerto de natal que o Conservatório de Música de Santarém e a Associação Concórdia Música do Entroncamento vão promover em conjunto nas cidades do Entroncamento e Santarém neste mês de Dezembro.
As duas associações musicais estabeleceram uma parceria recentemente e o primeiro projecto conjunto que irão apresentar será o ‘Rutter Magnificat’, uma obra coral sinfónica com orquestra, coro e solista. A obra será apresentada, no dia 21 de Dezembro, pelas 21h00, no recém-inaugurado Cine Teatro do Entroncamento e na Sé Catedral de Santarém, pelas 18h00, do dia 22 de Dezembro.
Nos dois palcos, o espectáculo conta com a actuação de mais de uma centena de artistas entre músicos e cantantes, sendo o solo interpretado pela soprano Hélia Castro.
A direcção musical está a cargo de Pedro Correia que explicou em conferência de imprensa que esta é uma obra com “sete andamentos e segue a liturgia, sendo também uma obra conhecida pelo ‘conto de Maria'”.
O professor de música refere que será um espectáculo que terá uma ligação entre a imagem e a música, contando também com “surpresas relacionadas com o Natal e termina num ambiente muito positivo”, refere o músico.
Beatriz Martinho, Presidente do Conservatório de Música de Santarém, explica que estas iniciativas são uma forma de “tornar o conservatório virado para a comunidade” garantindo que o melhor ensino tem de mostrar a sua qualidade através destes eventos.
Já Fernando Soares, da Concórdia Música, garante que este é um projecto diferente “pela sua dimensão” e que esta parceria é “benéfica para ambas associações e até mesmo para o espectáculo em si”.
A obra ‘Magnificat’ é o primeiro cântico da liturgia cristã extraída do Evangelho de Lucas, o qual contém ainda o ‘Benedictus’ de Zacarias e o ‘Nunc Dimittis’ de Simeão, os três grandes motetos de acção de graças do Novo Testamento.
John Rutter seguiu a linha de tradição escrita de Johann Sebastian Bach ao
estruturar a obra em diversos andamentos com inserções de textos em
vernáculo, de modo a atribuir-lhe um carácter contemporâneo recriando
linguagens dinâmicas.
A obra foi estreada a 26 de Maio de 1990 no Carnegie Hall, New York, pela
Manhattan Chamber Orchestra e mais de 200 vozes em palco com a direcção do próprio compositor, tendo sido posteriormente gravada pela primeira vez numa produção conjunta dos Cambridge Singers e da City of London Sinfonia.
Posteriormente foi editada uma versão de Câmara, a qual foi gravada pela
primeira vez por Andrew Lucas dirigindo o Choirs of St. Albans Cathedral.
As duas associações ribatejanas de música adoptaram esta versão para o projecto ‘Rutter Magnificat’.