Por ocasião do Dia Mundial do Animal cerca de 40 crianças, do 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico, têm oportunidade de ficar a conhecer melhor as necessidades alimentares e de bem-estar de um dos animais de companhia mais adotado pelos portugueses: o cão.
A iniciativa conjunta das entidades é, simultaneamente, uma celebração e uma ação de sensibilização das crianças para as questões do bem-estar dos animais, para a prevenção do seu abandono e para a promoção da sua adoção.
A falar sobre as necessidades alimentares dos cães, os comummente denominados “melhores amigos do homem” estão presentes um representante da IACA e um representante do Feedinov CoLab. Já para demonstrar o seu potencial terapêutico está a SmileDog que dá aos alunos da escola envolvida a oportunidade de interagirem com um dos animais certificados como cão terapeuta. A Smile Dog, com os seus cães terapeutas, atua na área da cinoterapia, utilizando os cães com o intuito de criar, promover e executar intervenções assistidas por animais, onde a inclusão funciona como agente motivador para a promoção da saúde física e emocional do ser humano, criando momentos de empatia entre pessoas e animais. Nas intervenções o cão funciona como instrumento terapêutico, através de um conjunto de técnicas de educação e reeducação do indivíduo, de modo a desenvolver a expressividade das emoções, a cognição, as competências de relacionamento, a motricidade e as competências académicas funcionais. Por fim, para dar a conhecer o trabalho do CROAS e das associações de apoio aos animais abandonados, está presente a Médica Veterinária Municipal, e um representante da ASPA, associação que recebe 2 toneladas de ração oferecidas pelas empresas Avenal Petfood, Ovargado, Petmaxi e Sorgal Petfood.
A propósito da iniciativa, Jaime Piçarra, Secretário-Geral da IACA, diz «este ano assinalamos, uma vez mais, o Dia Mundial do Animal. Esta é uma iniciativa muito relevante para nós, sobretudo numa altura em que vemos as dificuldades das famílias crescer e essas dificuldades, não raras vezes, originam, desde logo, um défice alimentar nos animais de companhia e, em última análise, o seu abandono. É uma situação que não nos dignifica, e até nos envergonha, enquanto sociedade. A saúde e bem-estar animal são muito importantes. É isso que também nos motiva a defender a baixa do IVA na alimentação para animais de companhia. Esperamos que com esta atividade, além de apoiarmos uma associação que lida com este problema do abandono, consigamos sensibilizar a sociedade civil para um comportamento ético na relação com os animais e os nossos dirigentes políticos para a necessidade de apoiar as famílias, reduzindo o IVA na sua alimentação, o que, acreditamos, funcionará como elemento dissuasor do abandono.»
Ana Sofia Santos, Diretora do FeedInov CoLAB refere que «Educar para a responsabilidade de tomar conta de um animal é importante. Compreender que os animais têm necessidades alimentares e comportamentais únicas e sistemas digestivos distintos dos nossos é fundamental para garantir o seu bem-estar. O FeedInov CoLAB une-se a esta causa, dando o seu contributo para a informação e transferência de conhecimento de base científica, no sentido de orientar os tutores a cuidarem dos seus companheiros de maneira saudável e feliz. Esta iniciativa é essencial para educar as gerações futuras sobre a importância de procura de informações credíveis e bem sustentadas sobre a alimentação e cuidados dos nossos patudos.»
Nuno Russo, Vereador do Município de Santarém, com o Pelouro do Canil e Gatil Municipal, bem como da Agricultura, considera esta iniciativa de celebração do Dia Mundial do Animal como «oportunidade para alertar a sociedade sobre o abandono animal, de várias espécies e não apenas do cão». E acrescenta «Neste momento o Centro de Recolha Oficial de Animais de Santarém está sobrelotado, sem capacidade de receber mais animais, à semelhança de muitos Centros de Recolha Oficiais do país, e também dos canis das Associações Zoófilas. A realidade é que por muito que se trabalhe para o aumento da adoção ela nunca é suficiente face à situação do abandono. No entanto, não podemos baixar os braços, e são iniciativas como esta que nos dão alento e condições para continuar a trabalhar e investir em prol do bem-estar animal.»