A Comissão Política Concelhia do CDS levou a efeito na noite da passada sexta-feira, 21 de Junho, um interessante colóquio subordinado à temática em torno do rio Tejo, abordado em diversas vertentes.

Perante boa presença de assistentes, intervieram o Prof. António Carmona Rodrigues, o Eng. Agrónomo Jorge Froes e o empresário Luís José Cosme, tendo a moderação do colóquio sido efectuada por Ludgero Mendes.

Carmona Rodrigues, que publicou nos finais de 2018 um livro sobre o Rio Tejo, com a chancela dos CTT, abordou a importância do rio Tejo desde tempos imemoriais, reflectindo sobretudo na região ribatejana num passado mais recente, porém, contextualizando de forma muito interessante a importância deste recurso natural que infelizmente tem sido tão escassamente aproveitado.

Jorge Froes, um dos promotores do Projecto Rio Tejo, que foi divulgado formalmente no ano passado e que é muitas vezes referido como o “Alqueva do Tejo” apresentou de forma muito detalhada a importância deste projecto na valorização da região ribeirinha do Tejo, que não se circunscreve apenas à actividade agrícola, embora se reconheça que esta é uma dimensão relevante, dada a especificidade da região. Defendendo a implementação modular deste projecto, e projectando as vantagens daqui resultantes, Jorge Froes evidenciou os constrangimentos que a nossa região poderá sofrer se continuarmos a ver a água correr livremente para o oceano se não tivermos o engenho e a arte de a aproveitarmos.

Luís Cosme usou da palavra na qualidade de natural das Caneiras e de descendente de famílias avieiras que continua a encarar o rio Tejo e as aldeias ribeirinhas como uma janela de oportunidade para o desenvolvimento socio-económico destas comunidades, sobretudo, a nível turístico, onde se reconhecem elevadas potencialidades, sendo que no presente há bastas condições para proporcionar aos turistas, nacionais ou estrangeiros, interessantíssimas experiências, aproveitando-se a singularidade destas aldeias e a prática da própria faina piscatória.

Luís Cosme referiu, ainda, a importância que os técnicos e investidores devem dar ao conhecimento empírico dos pescadores do Tejo, quer para salvaguarda da actividade piscatória, como para não impedir a subida dos peixes para a desova, para além de haver apontado algumas incongruências na elaboração e na aplicação de legislação, incapaz e reveladora de pouco conhecimento desta matéria.

Após as diversas intervenções ainda foi possível registar alguns comentários bem fundamentados dos presentes, pelo que se conclui que este colóquio, aberto à população e reconhecendo que esta questão não tem coloração partidária, devendo ser participada por todos quantos tenham a consciência da gravidade da actual situação e da necessidade de promover diligências para colocar o Rio Tejo na agenda política, regional e nacional.

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