Presente no fórum sobre a Contribuição das Escolas Superiores Agrárias para a Prevenção de Incêndios e Protecção das Florestas, que decorreu esta tarde na Escola Superior Agrária em Santarém, Miguel Freitas, Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, destacou a importância do papel das escolas politécnicas na formação de técnicos e de engenheiros silvicultores ligados à floresta.
Para Miguel Freitas “é preciso abrir cursos e ter candidatos”, defendendo que “é fundamental passar a mensagem às escolas e aos jovens”, deixando o desejo do Governo de “criar novas oportunidades para esta profissão”.
No seu discurso, na abertura do fórum, o Secretário de Estado comparou o estado da floresta nacional como um labirinto, sendo encarado como um desafio, “um grande problema nacional” cuja porta de entrada é o ordenamento do território, sendo necessário “voltar a estudar os moldes da silvicultura que praticamos”, encarando o grande desafio da gestão florestal, “reduzindo o risco de quem investe na floresta, não só na gestão de combustíveis, mas de uma forma diferente, do ponto de vista de bens transacionáveis essenciais para a produção de bens públicos”. Falou ainda da importância da prevenção. “O combate não resolve o problema, é preciso prevenir para o resolver”, afirmou, concluindo que a “porta de saída do labirinto” é “a formação, a investigação e a inovação”, deixando uma palavra aos jovens alunos e às escolas enquanto produtoras de conhecimento.
O Comandante Duarte Costa alertou na sua intervenção para um problema que é de todos e a todos chama a intervir na prevenção e protecção das florestas. Desde as comunidades locais, bastante importantes, passando pelos bombeiros e outros agentes de protecção civil, até chegar à sociedade em geral, “todos somos agentes de protecção civil”. Por isso cabe aos alunos e técnicos das escolas agrárias passar a mensagem aos proprietários e agricultores de que certas práticas ancestrais colocam em risco a floresta, ajudando assim na preservação e protecção da mesma.
Jorge Justino, também enquanto coordenador da Comissão Especializada das Escolas Superiores Agrárias, destacou o trabalho feito por estas, não só nesta área como em todas as áreas das ciências agrárias.
(notícia desenvolvida na edição impressa de 25 de Maio)