A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) formalizou esta segunda-feira, 1 de Julho, em Tomar, a constituição da Tejo Ambiente, empresa intermunicipal que junta seis autarquias da região e que prevê investimentos de 124 milhões de euros ao longo de 30 anos.
Anabela Freitas, presidente da CIMT, disse à agência Lusa que a criação desta nova empresa, que vai servir cerca de 108 mil pessoas de seis dos 13 municípios do Médio Tejo (Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar e Vila Nova da Barquinha), “prevê um investimento global na ordem dos 124 ME ao longo de 30 anos”, tendo em vista um “conjunto global de objectivos a alcançar ao nível do abastecimento de água, saneamento e na recolha de resíduos urbanos, em paralelo com a respectiva adequação ambiental e tecnológica”.
Segundo a CIMT, a criação desta nova empresa visa a redução de perdas de água, a redução do caudal de efluentes drenados, aumentar a quantidade de resíduos a recolher para reciclagem, a redução da idade média da frota de veículos, a renovação integral do parque de contentores em cada 10 anos, e a implementação de um conjunto de ferramentas de gestão que vão permitir a optimização de circuitos, a gestão de frotas e a gestão da caracterização de resíduos.
A autarca destacou ainda a importância da cobertura da taxa de saneamento e a resolução do problema de perdas de água nos municípios envolvidos, tendo apresentado como objectivo a redução de perdas de “43% para 18% em 15 anos”.
A formalização da escritura pública da Tejo Ambiente decorreu hoje na sede da CIMT, em Tomar, sendo o investimento previsto de 124,3 ME ao longo de 30 anos, (dos quais 38 ME nos primeiros 5 anos), com recurso a fundos comunitários, e com uma fatia de 53 ME para o abastecimento de água, 47ME em saneamento, e 11,2ME na recolha de resíduos urbanos.
Com uma estrutura repartida entre uma sede, em Ourém, e um Centro de Engenharia e Tecnologia, em Tomar, a empresa intermunicipal vai ter ainda um centro operacional por município, com gestão da operação, manutenção de redes e loja de atendimento, garantindo a capacidade de resposta e proximidade ao cliente, refere a CIMT, em nota de imprensa.
Os colaboradores afectos aos serviços municipais ou autarquias actuais, pode ler-se na mesma nota, “poderão transitar voluntariamente para a nova empresa regional, em regime de cedência de interesse público, sem perda do vínculo às autarquias e sem perda de qualquer regalia”.
Da agregação dos serviços municipais na nova entidade prevê-se, entre outras medidas, a “criação de um tarifário único como resposta às autarquias terem de fazer repercutir o custo integral do serviço nos tarifários, representando uma economia de escala que vai estender-se à recolha dos resíduos sólidos urbanos”, também a partir de Janeiro de 2020, notou Anabela Freitas.
A “Tejo Ambiente” tem um capital social de 600 mil euros e os municípios de Tomar e de Ourém detêm as maiores participações (com 35,63% e 32,37%, respectivamente), seguido de Mação (10,85%), Ferreira do Zêzere (7,94%), Vila Nova da Barquinha (7,63%) e Sardoal (5,.58%).
O arranque oficial da Empresa Intermunicipal de Ambiente do Médio Tejo está previsto para o dia 1 de Janeiro de 2020.