José Daniel Oliveira é o presidente do Santarém Basket Clube, um clube com 21 anos de actividade que conta na presente época desportiva com 11 equipas, um total de 156 atletas federados, nove treinadores e ainda dois animadores de minibasquete. Numa altura em que todo o desporto ficou parado, o Correio do Ribatejo foi saber o impacto que a actual pandemia teve na vida do clube.

Qual é o balanço que faz desta temporada no Santarém Basket? 
Fazemos um balanço muito positivo com a conquista de três títulos, dois campeonatos distritais e um campeonato regional. Participámos também em dois campeonatos nacionais e numa taça nacional, tudo isto a par do aumento significativo do número de atletas inscritos no clube, nos escalões do Minibasquete Sub 8, Sub 10 e Sub 12.

Que modelo é utilizado para formar jogadores no clube?
Sendo apenas um clube formador, o nosso modelo assenta no princípio de que no Santarém Basket há lugar para todos e a nossa captação funciona maioritariamente no contacto directo e no “passa-palavra” dos treinadores ou dos pais, através da experiência e da imagem que o clube lhes transmite.
Os resultados e o aumento de atletas a cada ano que passa reflectem a crescente credibilidade do Santarém Basket na formação desportiva no nosso concelho.

O Basquetebol é um desporto para todos ou ainda há aquele estigma que é só para os mais altos?
Haverá sempre quem pense que o Basquetebol é para os mais altos, mas a nossa realidade mostra que não é assim. Neste clube o basquetebol é para todos, mesmo arriscando a menores êxitos desportivos, mas seguramente garantindo o êxito na formação humana dos nossos jovens.

Qual é o atleta tipo do Santarém Basket?
Pela experiência de 21 anos de vida do Santarém Basket, o que nos apraz registar é que o atleta tipo deste clube sabe conciliar a sua vida académica com a desportiva através da prática desta modalidade fantástica que é o Basquetebol.

José Daniel Oliveira

Formar é a palavra de ordem no clube?
Sim, formar sempre foi a nossa prioridade máxima mesmo quando no início de vida do clube, foi, e muito bem, aproveitado o título nacional júnior feminino para incluir no projecto sénior, que levou o Santarém Basket a conquistar sete títulos nacionais.

Como avalia a evolução do clube até aos dias de hoje?
O Santarém Basket soube sempre manter a sua identidade de clube formador de referência no País, com reconhecimento oficial da Federação Portuguesa de Basquetebol. A prova disso são os 38 títulos conquistados, 30 campeonatos distritais, três campeonatos nacionais, três Taças de Portugal e duas supertaças nacionais, não esquecendo a participação em inúmeros torneios de âmbito nacional dos escalões de formação.

Que impacto terá esta paragem forçada nas competições?
O impacto principal é a falta da actividade desportiva em treinos e jogos dos nossos atletas e treinadores, muito maior que os eventuais resultados desportivos nas provas nacionais e distritais em que ainda estávamos envolvidos. Aproveitamos a oportunidade para referir que devemos manter os comportamentos de isolamento e protecção que no futuro nos vão permitir voltar à tão desejada actividade desportiva e, consequentemente, à normalidade das nossas vidas.

O clube tinha escalões a competir na fase final nacional. Em que situação ficaram essas competições?
Na altura da paragem dos campeonatos estavam em curso as provas nacionais de formação nas quais estávamos a participar com três equipas que representavam o clube e o distrito, e até à data tudo aponta que os mesmos não se concluam.

O que falta conquistar ao Santarém Basket? 
Como já foi referido o Santarém Basket Clube já conquistou títulos nacionais, regionais e distritais, resultados que nos orgulham e motivam constantemente a melhorar o nosso trabalho de mais e melhor formação, sabendo também que com esta orientação estamos a honrar e a homenagear todos os pais, treinadores e dirigentes que estiveram na origem da sua criação, a 12 de Agosto de 1998.

Daniel Cepa

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