“O Espelho da Medusa” é o terceiro livro de Rita Pea, autora natural de Aveiras de Cima. A obra, apresentada no Cartaxo, conta “com uma escrita sensual e envolvente que ousa desafiar os pensamentos mais secretos”, segundo refere a autora. Editado sob a chancela da ‘Lua de Marfim’, o livro foi escrito durante uma gestação de quase dois luares e surgiu com a missão de libertar a autora “das amarras do passado e fazê-la mergulhar num profundo equinócio da Alma, em busca de Si mesma”. “Esta metamorfose é um grito de evolução não só pessoal, mas também profissional determinando assim, o início de um novo ciclo de vida”, acrescenta Rita Pea. A escritora nasceu no Outono de 1986. Estudou Estudos Portugueses na Universidade Nova de Lisboa. Antes da sua nova obra, tinha publicado dois livros, “Fragmentos de uma Alma” (2009) e “Nu Avesso das palavras” (2016). Os seus trabalhos encontram-se divulgados não só em Portugal, mas também na Suíça, França, Itália e Brasil.

Em que altura da sua vida descobriu a vocação para a escrita?
Foi por acaso. Na altura frequentava o 7º ano de escolaridade e durante uma aula de língua portuguesa a professora havia pedido para a turma fazer uma composição escrita. Como todos iam fazer em prosa, na rebeldia dos treze anos escolhi fazer poesia. E escrevi um poema. Foi nesse dia que a jornada começou…

O que inspira a sua obra?
“O Espelho da Medusa” é um livro com uma escrita sensual e envolvente que ousa desafiar os vossos pensamentos mais secretos. Foi escrito durante uma gestação de quase dois luares e surgiu com a missão de libertar a autora das amarras do passado e fazê-la mergulhar num profundo equinócio da Alma, em busca de Si mesma. Esta metamorfose é um grito de evolução não só pessoal mas também profissional determinando assim, o início de um novo ciclo de vida.

Como nascem os seus livros?
São as minhas emoções e sensações que surgem no papel e ficam eternizadas ali, sem adornos ou polimentos. Os livros acabam por ser um baú que guarda a pureza das ideias e os pedaços da minha alma.

Qual é o seu processo criativo?
A nudez do corpo e da alma. Sou incapaz de escrever com a roupa no corpo. Folhas brancas, lápis de carvão, uma ou duas taças de tinto e a música de Chopin. Surge o arrepio na pele… e as ideias surgem e tudo flui de forma natural.

O que representa para si a escrita?
Parafraseando Óscar Wilde “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.” A escrita é o que me faz não existir.

Que livros é que a influenciaram como escritora?
Por influência das minhas antigas docentes de Língua Portuguesa e talvez por ter descoberto o meu caminho numa idade tão precoce, delicia-me sempre ler e reler os escritores portugueses do século XIX e XX. Tenho um carinho muito especial por Florbela Espanca. Quanto aos Escritores Internacionais agrada-me a leitura de Pablo Neruda, Clarice Lispector, Cecília Meirelles, Sarah Kane, Anais Nin (entre tantos outros…).

Considera que um livro pode mudar uma vida?
Sim, sem sombra de dúvida.

Tem outros projectos em carteira que gostaria de dar à estampa?Tenho um projecto em estado embrionário que pretendo lançar no primeiro semestre de 2019. Já comecei a trabalhar, mas prefiro por agora, não falar dele. Até estar concretizado, ocupar-me-ei com a mini-tournée “d’O Espelho da Medusa”. As datas confirmadas são: 24 de Fevereiro, às 16 Horas na Fnac de Évora e dia 24 de Março, às 16 Horas na Fnac em Faro, no Algarve. Para saber as novidades é melhor acompanhar a minha página oficial: www.facebook.com/officialritapea ou www.instagram.com/officialritapea.

Um título para o livro da sua vida?“O Espelho da Medusa”.

Viagem?Itália.

Música imprescindível? “Prelúdio em Mi menor”, de Frédéric Chopin.

Quais os seus hobbies preferidos?Natação, Viagens, Leitura, Teatro, Museus, Cinema…

Se pudesse alterar um facto da história qual escolheria?Holocausto.

Se um dia tivesse de entrar num filme que género preferiria?Animação.

O que mais aprecia nas pessoas? A Generosidade e a Genuinidade.

O que mais detesta nelas?A Falta de Educação, a prepotência e a deslealdade.

Acordo ortográfico. Sim ou não?Não, Não e Não!!


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