O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) lamentou hoje a morte de um trabalhador de uma empresa de recolha de resíduos, ocorrida na quarta-feira em Montalvo, concelho de Constância, e pediu o apuramento de responsabilidades.

“Apesar de passar quase despercebido no quotidiano, o sector da recolha de resíduos sólidos é essencial para a sociedade e emprega milhares de trabalhadores (…) que auferem na sua grande maioria o salário mínimo nacional e que estão sujeitos a riscos acrescidos”, pode ler-se num comunicado do STAL, tendo o Sindicato defendido ser “essencial que se apurem responsabilidades” no caso do acidente que vitimou mortalmente um trabalhador da empresa SUMA, de gestão e tratamento de resíduos, em Montalvo.

Segundo o sindicato, “além dos riscos associados à manipulação de resíduos sólidos, estes trabalhadores enfrentam o risco de queda por frequentemente serem transportados em pequenas plataformas nas traseiras dos camiões de recolha (estribos)”, tendo afirmado que as situações de “quedas ocorrem inúmeras vezes e cujas consequências podem ser extremas, como é o caso do trabalhador que agora faleceu”.

Na mesma nota, o STAL apela que se tomem “medidas preventivas para reduzir os acidentes de trabalho no sector da recolha de resíduos sólidos”, em contexto laboral, que tem levado o sindicato “há longos anos a exigir ao governo e às empresas de recolha de resíduos que implementem o subsídio de insalubridade, penosidade e risco”.

Um homem de 30 anos, funcionário de uma empresa de recolha de resíduos, morreu na manhã de quarta-feira em Montalvo, Constância, após ter caído de um camião em movimento e onde seguia pendurado.

“O acidente com queda de uma pessoa que seguia pendurada num camião de recolha de resíduos, enquanto este se movimentava (…), resultou numa fractura crânio encefálica com hemorragia tendo o óbito sido declarado no local”, disse à Lusa o comandante dos Bombeiros Voluntários de Constância, Marco Gomes.

O STAL manifestou “profundo pesar pela notícia do falecimento de um trabalhador da SUMA afecto à recolha de resíduos sólidos” naquele concelho, lamentando a “ocorrência do acidente de trabalho e sobretudo o seu desfecho”, e lembrou a “obrigação das entidades empregadoras de desenvolverem medidas para a redução de riscos laborais e da Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT) em fiscalizar activamente o cumprimento de normas de segurança por parte das empresas, o que não acontece”.

Defende ainda o STAL que “a ACT deve ter os meios necessários e a orientação determinada de fiscalizar activamente o cumprimento das normas e recomendações de Segurança e Saúde no Trabalho em empresas de recolha de resíduos, sejam de capital privado, municipal ou intermunicipal”.

A Lusa pediu esclarecimentos à SUMA, mas até ao momento a empresa não respondeu às questões colocadas.

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