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Um surto de gripe A está a afectar várias crianças nas escolas de Constância, uma situação que está a causar algum alarme social, mas que as autoridades de saúde já desvalorizaram, afirmando tratar-se de um surto gripal.

“As crianças cujas análises detectaram o vírus influenza e, eventualmente o H1N1, e que estão afectadas pela gripe A, mais não mostram que estão com gripe, sendo que as pessoas estão alarmadas porque associam a agressividade do vírus ao período de 2009, o que hoje já não sucede, provocando apenas gripe”, disse à Lusa a coordenadora da Unidade de Saúde Pública (USP) do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo.

Questionada sobre o número de casos nas escolas daquele município, Maria dos Anjos Esperança disse ter recebido informação de “nove crianças em falta na creche da Santa Casa da Misericórdia e quatro casos no Agrupamento de Escolas”, tendo feito notar que a gripe, “sendo contagiosa, torna-se mais fácil de propagar em ambientes fechados e com muitas crianças”, como é o caso das escolas.

“Não há razão para alarmismos nem necessidade de medidas extras ou de isolamento, basta que as crianças com gripe fiquem em casa e sigam o tratamento sintomático, e que nas escolas sigam os procedimentos preventivos habituais, como seja a lavagem correta das mãos ou uso de soluções alcoólicas, tossir ou espirrar para o braço e não para as mãos, usar uma única vez o lenço de papel e ter os espaços sempre limpos e arejados”, afirmou.

Contactada pela Lusa, a directora do Agrupamento de Escolas de Constância (AEC), Olga Antunes, disse ter “quatro casos confirmados pelos próprios pais” de crianças afectadas pela Gripe A com idades diversas – “desde o Jardim de Infância, ao 1º ciclo e ao ensino secundário” -, e que “estão em casa em tratamento normal” para uma gripe.

Olga Antunes disse que “alguns pais defendem o encerramento das escolas por precaução” e que “outros estão a optar por ter os filhos em casa”, acrescentando que as autoridades de saúde consideram “não haver razão para alarmismos nem necessidade de pôr a escola de quarentena”.

Nesse sentido, as escolas estão a funcionar, tendo a directora do Agrupamento optado por aplicar as medidas preventivas comuns aos períodos de surto de gripe sugeridas pela Unidade de Saúde Pública, como sejam a “higiene das mãos, etiqueta respiratória e arejamento dos espaços comuns”.

O AEC publicou um comunicado onde divulga informação da Direção Geral de Saúde sobre a gripe A, frisando que passou a ser “uma gripe sazonal sem nenhuma especificidade”.

Segundo a nota informativa, “a designação ‘Gripe A’ apenas foi aplicada em 2009/2010, não estando actualmente em vigor, pois a partir dessa data, a circulação do vírus do subtipo A(H1N1)pdm09 tornou-se natural, passando a ser uma gripe sazonal sem nenhuma especificidade, nomeadamente no que respeita a cuidados especiais de isolamento com doentes/contactos”.

Contactado pela Lusa, o presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento Vertical de Escolas (APEAVEC) de Constância disse que “a APEAVEC está de acordo com as medidas e precauções tomada pela direcção do agrupamento de escolas.

“O surto da gripe A não tem hoje a dimensão de 2009 e não requer tantas preocupações para a tomada de medidas que alguns pais estão a tomar ou reivindicar, pelo que entendemos que a escola tomou as medidas necessárias em termos de procedimentos e também ao nível de higiene e limpeza”, conclui Joaquim Pincante.

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