A 15ª edição das “Tasquinhas do Alviela” está de volta de dia 28 a 30 de junho, no Jardim de São Vicente, em S. Vicente do Paul, com foco no tema Pão & Vinho. Susana Veiga Branco, Presidente da Assembleia da União de Freguesias de S. Vicente do Paul e Vale de Figueira, retrata o festival gastronómico sublinhando a sua grande importância.

O que espera do evento este ano e qual a sua expectativa na adesão das pessoas?

Nós já estamos na 15ª edição, portanto é uma prova consistente do enorme valor cultural e económico deste certame. Temos todos os anos milhares de visitantes, não só do concelho, mas também de todo o país e estrangeiros.

As entradas são livres e o estacionamento é gratuito. As nossas expectativas são bastante grandes. São 15 tasquinhas no total, de Associações das duas freguesias, pretendendo-se dar a conhecer o seu trabalho e que realizem em termos monetários aquilo que se vai transformar em possibilidade anual de sobrevivência e de novos projectos.

O concurso de Caracóis é uma tentativa de diversi­ficar a oferta de actividades para atrair o público?

Sem dúvida, nós iniciámos esta ideia do concurso na edição passada, com o concurso do coscorão. Os participantes e visitantes acederam de forma tão positiva que continuámos, mas variando o tema. Então este ano temos o concurso dos caracóis, predominantes na região, e já conta com bastantes inscrições. Temos um júri de luxo, constituído por vários elementos, entre os quais o chefe João Correia e o senhor vice-presidente da Câmara Municipal de Santarém, que vão eleger os melhores caracóis. São diversas as receitas, não só a típica.

Qual é o impacto económico que as tasquinhas têm nas duas freguesias?

A União de Freguesias e o município apoiam monetariamente e com a coordenação, para que as associações presentes possam efectuar durante todo o ano a sua gestão económica e ­financeira a partir das receitas deste evento, ou seja, vão aqui buscar um grande recurso e reforço ­financeiro para si próprias, tendo um impacto muito significativo.

Para além desse fator económico, que outras consequências tem o evento para a freguesia?

Temos este ano o tema do pão e vinho, sendo cada ano um tema diferente e sempre de referência. Isto porque preservamos e divulgamos o nosso património cultural, vemos a importância da tradição de mãos dadas com a actualidade e com o amanhã. Sabemos que geração após geração o pão esteve e está na mesa como alimento, sustento e fonte de trabalho. E quanto ao vinho, nós somos uma região vinícola por natureza, com empresas premiadas produtoras e exportadoras mundialmente, e queremos que estas sejam um reflexo desta dinamização, promovendo-as igualmente. O ano passado foi o olival e o azeite.

Visto ser um festival gastronómico quais são os pratos principais com que o público pode contar este ano?

Alguns exemplos daqueles bem tradicionais: espetadas e pica-pau de javali, tripas, carne do alguidar, alheiras de caça, ensopado de borrego, migas, moelas, tábuas de queijos e enchidos e muito mais.

E também coisas mais leves, claro, como as bifanas e bifrangas. Igualmente a doçaria, que inclui os típicos coscorões e arroz doce, os pastéis de São Vicente, um doce de amêndoa e massa ­ ló e também com outras variedades, que é um doce certi­ficado, entre muitos outros. E claro, acompanhados com uma ginja, um café de velha, a imperial do costume, o referido vinho da região e tudo o que possam esperar.

Como dinamizaram o espaço este ano e quais as novidades?

É importante dizer que o espaço, que é relvado e arborizado, com calçada portuguesa, mobiliário de madeira e zona infantil, este ano tem uma nova disposição dos stands, para aproveitarmos melhor o jardim. Temos muitas novidades, mas destaco duas. Uma é o lançamento de uma publicação intitulada “Cadernos da União de Freguesias de S.V.P. e V.F.”, que conta com o conjunto das receitas do concurso do Coscorão do ano passado.

Será uma publicação para ter continuidade com outros temas de interesse sobre as terras e populações. A outra novidade é uma exposição de pintura denominada “Olhares” de dois artistas plásticos emergentes das duas freguesias, Carlos Martins e Sónia Mendonça. A não perder, e tudo com a habitual música, jogos tradicionais, quermesse, insufláveis e muito mais. Imperdível.

Até um manjerico poderá levar para casa, assim como outros produtos e continuar a festa. Esperamos por vós neste local de encontro que são as tasquinhas do Alviela!

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