A ribatejana Maria Martins continua a fazer história no ciclismo português, ao conseguir esta quarta-feira, 26 de Fevereiro, o bronze na prova de scratch do Campeonato do Mundo de Pista, em Berlim, Alemanha.

A ciclista natural da Moçarria, concelho de Santarém, conquistou a primeira medalha do ciclismo feminino nacional em mundiais de elite.

A corrida de 10 quilómetros, 40 voltas ao velódromo berlinense, foi calma durante as primeiras 30 voltas, sem qualquer ataque ou movimentação de relevo. Isto significou que todas as corredoras se guardaram para os derradeiros 2,5 quilómetros, disputados a uma grande intensidade.

Tata, como também é conhecida, entrou em pista com a lição bem estudada, marcando a roda da grande favorita, a holandesa Kirsten Wild. Foi uma escolha acertada, embora difícil de executar, pois exigiu capacidade física para responder às últimas acelerações. Além da disponibilidade atlética, a corredora da Equipa Portugal revelou uma astúcia digna de registo, passando “pelo buraco da agulha”, ganhando posições por dentro, junto à corda, na última curva, entrando na luta pelas medalhas.

Kirsten Wild confirmou o favoritismo, arrebatando o título mundial. Jennifer Valente, dos Estados Unidos da América, ficou com a medalha de prata, numa luta decidida pelo photo-finish com Maria Martins, que garantiu a subida ao pódio.

Depois de em Outubro ter sido a primeira mulher portuguesa a conquistar uma medalha em Campeonatos da Europa de Elite, Maria Martins deu um passo adiante e,a partir de hoje, é a única ciclista portuguesa medalhada em Campeonatos do Mundo de categoria absoluta.

“A Maria fez uma corrida exemplar, dos pontos de vista técnico e tático. Teve todos os cuidados necessários de colocação e de seguir a roda que nos poderia levar mais à frente, na fase decisiva. Além disso teve a capacidade de não quebrar no momento decisivo. Foi uma corrida fantástica”, assinala o selecionador nacional, Gabriel Mendes.

A prova, que agrega quatro disciplinas, está marcada para sexta-feira, antes de Martins ainda disputar a corrida de pontos, no domingo.

A seleção masculina, que conta com Ivo Oliveira, Iuri Leitão e João Matias, também entra em ação a partir de sexta-feira, com o scratch para Iuri Leitão, o omnium no sábado, ao longo do dia, e a corrida do madison no domingo, último dia de Mundial em Berlim.

O primeiro dia dos Mundiais fica marcado pelo novo recorde mundial da perseguição por equipas no masculino, conseguida pela equipa da Dinamarca (Lasse Norman Hansen, Julius Johansen, Frederik Rodenberg Madsen e Rasmus Pedersen).

O grupo ‘rodou’ a 63,6 km/h para estabelecer um novo máximo, de 3.46,579 minutos, mais de um segundo e meio a menos do que o anterior registo, conseguido por uma equipa da Austrália em Fevereiro de 2019, em Pruszkow (Polónia).

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