Teresa Salgueiro, Club Makumba e Ana Lua Caiano estão entre os primeiros nomes anunciados hoje para o festival de música Bons Sons, que vai decorrer na aldeia de Cem Soldos, concelho de Tomar, de 08 a 11 de agosto.
A organização revelou hoje os primeiros oito artistas de um total de 50 que irão compor o cartaz, tendo indicado as atuações de Ana Lua Caiano, Club Makumba, Conferência Inferno, Ganso, Joana Guerra, Silk Nobre, Teresa Salgueiro e Unsafe Space Garden como sendo todas estreias num festival exclusivamente dedicado à divulgação da música portuguesa, grupo a que se junta Femme Falafel por ter sido vencedora do Festival Termómetro 2023.
“O Bons Sons agora regressa, após um ano de paragem, e é sempre a nossa intenção apresentar um cartaz diverso, de grande qualidade e que represente bastante bem aquilo que é feito em Portugal a cada instante”, disse hoje à Lusa Miguel Atalaia, diretor artístico do festival que decorre numa pequena aldeia do distrito de Santarém e que assinala este ano a 12.ª edição.
Para o responsável, “os nomes que agora foram lançados, são nomes que representam bem aquilo que é a totalidade do programa que depois vai sair mais para março”, num cartaz que vai contar com cerca de 50 projetos musicais nacionais.
“Este ano, à revelia daquilo que temos feito em anos anteriores, em que apresentamos o programa todo de uma vez, achámos que faria sentido antecipar um bocadinho esta divulgação, exatamente porque tivemos um ano de paragem, com as obras de requalificação aqui do Largo da Aldeia, que está com uma cara lavada, mais bonito, mais amplo e preparado, achamos nós, para acolher as pessoas”, salientou Atalaia.
Entre os nomes hoje apresentados, uns com projetos mais emergentes, outros mais consagrados, que protagonizam “diversas áreas, geografias e géneros musicais”, o Bons Sons vai receber Ana Lua Caiano, num concerto de “união entre música tradicional portuguesa e música eletrónica”, e os Club Makumba, banda que junta Tó Trips, João Doce, Gonçalo Prazeres e Gonçalo Leonardo.
A estes nomes juntam-se os Conferência Inferno, “especialistas pós-punk das práticas negras do rock elétrico em Portugal”, os Ganso, banda de “groove dançante”, Joana Guerra, “violoncelista apaixonada pela experimentação e pelo improviso”, e Silk Nobre, recente projeto de Fernando Nobre, com um espetáculo que “vai do funk ao semba, do soul ao afrobeat ou do r’n’b ao zouk”.
A consagrada Teresa Salgueiro, ex-vocalista dos Madredeus, é mais uma estreia no Bons Sons, a par dos Unsafe Space Garden, apresentados como uma “banda arrebatadora que junta com mestria humor, energia, cor, absurdo, caos e intimidade”.
Com o mote “Vem viver a aldeia”, são os cerca de 700 habitantes que organizam e montam o festival, ao longo do qual acolhem e servem os visitantes, numa “partilha que distingue o Bons Sons dos restantes festivais portugueses”, afirmou Miguel Atalaia.
Na base do adiamento da edição de 2023 está a realização das obras de requalificação, em fase de conclusão, do largo (Largo do Rossio) e do centro de Cem Soldos, aldeia que todos os anos é fechada e se transforma no recinto de um festival que “manterá” uma lotação de 35 mil festivaleiros, e que nesta edição contará com “um recinto mais nobre”.
Organizado desde 2006 pelo Sport Clube Operário de Cem Soldos (SCOCS), o Bons Sons manteve-se bienal até 2014, passando depois a realizar-se anualmente.
A aldeia de Cem Soldos é fechada e o seu perímetro delimita o recinto que acolhe oito palcos integrados nas ruas, praças, largos, auditório, igreja e até em garagens e lagares.