Os trabalhadores da Rodoviária do Tejo e das Rodoviárias do Oeste e Lis anunciaram ter chegado a acordo com a administração da empresa, depois de várias greves que geraram perturbações significativas nos serviços, tendo os trabalhadores realizado dois dias de greve nos meses de Novembro, Dezembro e Janeiro, e promovido concentrações de protesto junto às sedes das empresas de transportes rodoviário.
Em nota de imprensa, o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) refere que, no acordo agora firmado, e assinado a 27 de Fevereiro, “o salário base de motorista passa de 621 para 650 euros para os trabalhadores abrangidos pelo antigo acordo de empresa (AE) da antiga Rodoviária Nacional, com 4.7% extensivo as restantes categorias”.
Para os restantes trabalhadores abrangidos pelo presente acordo colectivo de trabalho, o salário base passa dos actuais 645 para 668 euros, e o subsídio de refeição passa a ser de 5 euros por dia até Janeiro de 2021, entre outras conquistas, como o pagamento das taxas inerentes a formação necessária ao desempenho da profissão e o aumento do valor das Ajudas de Custo no estrangeiro.
“Após uma intensa luta dos trabalhadores das Rodoviárias do Tejo, Oeste e Lis, foram criadas as condições para que o STRUP conseguisse chegar a um acordo com a administração destas empresas. No acordo de entendimento assinado pelo STRUP está previsto que para os trabalhadores abrangidos pelo AE da antiga Rodoviária Nacional”, dá conta o sindicato representante dos trabalhadores.
“Para que não existam dúvidas este é o maior aumento salarial directo dos últimos 17 anos, não se registando há muitos anos nestas empresas aumentos salariais de mais de 10€. Com a luta foi também possível reintegrar um conjunto de trabalhadores precários que haviam saído das empresas nos últimos meses”, pode ler-se no comunicado do sindicato.
“Embora as conquistas agora alcançadas sejam curtas para as reais possibilidades das empresas Rodoviárias, significam alguns milhares de euros anuais a serem redireccionados para os bolsos dos trabalhadores o que sem dúvida melhorará as suas condições de vida, conclui.