Os trabalhadores do Centro de Distribuição Postal dos CTT do Cartaxo, no distrito de Santarém, estão em greve até ao final da próxima semana, para reivindicar a “contratação de mais trabalhadores para o quadro da empresa”.
“A nossa greve deve-se à falta de pessoas para entregar o correio, faltam-nos recursos para que o serviço seja regular e para que as pessoas possam receber as suas cartas a tempo e horas nas suas casas”, afirmou Paulo Jarego, carteiro e dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), em declarações à Lusa.
Os trabalhadores do centro de distribuição, que estão em greve desde segunda-feira e até sexta-feira da próxima semana, dia 15, estiveram hoje concentrados na avenida João de Deus, no Cartaxo.
Segundo o sindicato, os trabalhadores reivindicam a contratação de novos colaboradores, uma vez que muitos funcionários estão de baixa, o que agrava a carência de recursos humanos e “aumenta a sobrecarga de trabalho”.
“Há trabalhadores que tiveram acidentes e não podem andar na rua e outros estão de baixa prolongada. Com essas ausências precisamos urgentemente de mais pessoas para assegurar a entrega do correio, mas a empresa não está a cumprir”, salientou o dirigente sindical.
Paulo Jarego reforçou ainda que “as contratações temporárias não resolvem o problema”, insistindo que o objetivo passa pela contratação de trabalhadores permanentes para garantir que “o correio é entregue atempadamente”.
O sindicalista disse também que os trabalhadores já se reuniram com o presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, João Heitor, e com o presidente da Câmara da Azambuja, Silvino Lúcio, que expressaram solidariedade e comprometeram-se a pressionar a empresa para adotar medidas de forma a regularizar a situação.
As concentrações de trabalhadores do centro de distribuição do Cartaxo continuarão até ao final da próxima semana em vários pontos da cidade, entre as 07:30 e as 09:30.