O Rio Tejo já galgou as margens na Ribeira de Santarém e junto ao Castelo de Almourol, confirmando assim a previsão da Comissão Distrital de Proteção Civil de Santarém que accionou esta sexxta-feira, 20 de Dezembro, o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo no seu nível Amarelo, devido ao “aumento considerável dos níveis hidrométricos e caudais do rio Tejo”.

Até ao momento, já registou a submersão do parque de estacionamento junto ao rio Zêzere, junto à vila de Constância, e a subida das águas nas margens junto ao Castelo de Almourol e na Ribeira de Santarém.

A entidade afirma em comunicado, que a subida dos caudais do Tejo, “especialmente nos provenientes de Espanha e rio Ocresa”, causada pela precipitação que se tem sentido em Portugal e em Espanha, torna “elevada a probabilidade de cheia” na região.

A nota afirma que, desde as 23h00 de quinta-feira, os caudais lançados no rio Tejo estão acima dos 1.500 metros cúbicos, tendo atingido os 3.085 metros cúbicos por segundo às 00h00 de hoje, sendo expectável que, a manter-se a situação actual, possam atingir os 2.900 metros cúbicos por segundo em Almourol, ao longo do dia de hoje.

Para as próximas horas, o CDOS admite que se possa verificar, no concelho de Santarém, a submersão da Estrada Nacional (EN) 365, em Ponte do Alviela e em Palhais/Ribeira de Santarém, da Estrada Municipal (EM) que liga a Ribeira de Santarém a Vale de Figueira e do parque de estacionamento da Ribeira de Santarém.

A EN 365 pode ainda ficar submersa na ligação entre os concelhos de Santarém e da Golegã, “com possibilidade de isolamento da povoação de Reguengo do Alviela”, afirma.

“É expetável nas próximas horas uma manutenção dos caudais do rio Tejo, mantendo-se assim a elevada probabilidade de cheia”, acrescenta o comunicado.

O CDOS Santarém recomenda às populações das zonas que podem vir a ficar inundadas para que retirem equipamentos agrícolas, industriais, viaturas e outros bens, que levem os animais para locais seguros, não atravessem com viaturas ou a pé estradas ou zonas alagadas e que se mantenham informadas através dos Órgãos de Comunicação Social ou dos agentes de Proteção Civil.

A passagem da depressão Elsa, em deslocação de norte para sul, provocou em Portugal dois mortos, um desaparecido e deixou 70 pessoas desalojadas, registando-se até à manhã de hoje mais de 6.200 ocorrências.

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